A "responsabilidade de proteger" e a geopolítica da segurança internacional: uma análise sob a perspectiva do norte e do sul global (2001-2015).
Resumo
O fim da Guerra Fria trouxe mudanças na agenda da segurança internacional: escoamento de armas do Norte para o Sul Global, o surgimento das Novas Guerras, o fortalecimento dos Direitos Humanos, o aumento do número de democracias formais e um novo tipo de intervencionismo. Diante de questionamentos empíricos e teóricos diante de crises humanitárias de grandes proporções, a comunidade internacional foi instigada a encontrar uma harmonização entre os conceitos de soberania e Direitos Humanos. Assim, o preceito da “Responsabilidade de Proteger” surgiu e ganhou relevância na agenda de segurança internacional e nos meios políticos e acadêmicos. O objeto desta dissertação, portanto, configura-se para além de uma ideia teórica e normativa, operando concretamente no ambiente internacional através das intervenções humanitárias. Desta forma, questiona-se em que medida a sub-agenda da “Responsabilidade de Proteger” reflete as relações geopolíticas entre o Norte e o Sul Global, entre os anos 2005 e 2015. Compreendendo esta divisão Norte/Sul para além de aspectos somente geográficos e, considerando a complexidade do sistema internacional frente a classificações e divisões demonstrou-se que a “Responsabilidade de Proteger” trouxe pouca inovação prática ao cenário internacional e perpetua as assimetrias de poder entre o Norte e o Sul Global.
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