Desenvolvimento de ferramentas para a manipulação genética e metodologias para a identificação de fatores de virulência de Leptospira spp
Resumo
Neste estudo, o Himar1 foi utilizado para a obtenção de um total de 929 mutantes,
dos quais, 721 correspondem a seqüências codificadoras (CDS) interrompidas pelo
transposon, cobrindo 551 genes diferentes. Alguns mutantes foram avaliados com
relação aos efeitos da interrupção gênica sobre a virulência em modelo animal, e
dois mutantes atenuados contendo o transposon em genes hipotéticos foram
identificados. Outro estudo realizado buscou desenvolver uma nova ferramenta
genética para auxiliar no estudo da função de genes específicos. Assim, foi
desenvolvido um sistema de expressão induzível para L. biflexa. Este sistema de
expressão empregou como repórter o gene da proteína verde fluorescente (gfp) e o
gene da proteína flagelina B (flaB). L. biflexa fluorescente foi observada, assim como
leptospiras que voltaram a ter mobilidade após a adição do agente indutor (IPTG).
Finalmente, foi conduzido um estudo para a determinação da presença dos genes
da família lig nas diversas espécies de leptospiras patogênicas, através da técnica
de PCR. O gene ligB apareceu amplamente distribuído, enquanto que ligA e ligC
foram detectados apenas em um reduzido número de sorovares. Além disso, a
sequência de um fragmento específico de 214 pb do gene ligB pode ser usada para
a constituição de um novo método para a classificação das espécies patogênicas de
Leptospira