Viabilidade e compatibilidade de pólen de diferentes genótipos de pereira no Rio Grande do Sul
Resumo
A pereira é uma frutífera que pertencente à família Rosaceae, subfamília Pomoideae e
ao gênero Pyrus. No Brasil, a produção de peras é somente de, aproximadamente, 20
mil toneladas e este fato ocorre, principalmente, pela falta de cultivares adaptadas às
condições climáticas. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de verificar a
viabilidade e compatibilidade de pólen de diferentes genótipos de pereira no Rio Grande
do Sul. Este trabalho foi dividido em cinco experimentos: No experimento 1, avaliou-se
a germinação in vitro de 14 genótipos de pereira, em diferentes tempos de incubação
(2, 4 e 6 horas) em incubadora tipo BOD, em ausência de luz, a 25°C. Para o
experimento 2, o tempo de incubação foi fixado para cada genótipo conforme os
melhores resultados obtidos no experimento anterior, avaliando-se as diferentes
temperaturas de incubação (20, 30 e 40°C), na germinação in vitro de 14 genótipos de
pereira. O meio de germinação básico foi composto de 100 g L-1 de sacarose e 10 g L-1
de ágar. No terceiro experimento, o tempo e a temperatura de incubação dos grãos de
pólen in vitro foram fixados, conforme os experimentos anteriores; avaliou-se a
germinação de dez genótipos de pereira sob a influência do acréscimo de diferentes
combinações de ácido bórico e nitrato de cálcio ao meio de germinação básico. No
experimento de número 4 avaliou-se a germinação in vitro de grãos de pólen de
genótipos de pereira (variando-se a temperatura e o período de incubação) em estufa
tipo BOD, em ausência de luz, e ainda, o ácido bórico em três concentrações
adicionado ao meio de germinação básico. No quinto experimento, avaliou-se a
compatibilidade gametofítica em genótipos de pereira, através do desenvolvimento do
tubo polínico no pistilo da flor, 120 horas após a polinização; para os genótipos em
estudo avaliou-se a autopolinização de campo, autopolinização de laboratório,
polinização cruzada e a polinização aberta. Conclui-se que, para os genótipos de
pereira estudados no primeiro experimento a percentagem de germinação depende do
tempo e da amostra. Para o segundo experimento, entre os genótipos de pereira
estudados, a temperatura de incubação a 20°C é recomendável e a 40°C é prejudicial
para a germinação. Para o terceiro experimento, de maneira geral, em meio de cultura
básico ou acrescido de 200 mg L-1 de ácido bórico promove elevados índices de
germinação in vitro de grãos de pólen dos genótipos de pereira; e a percentagem de
germinação é dimunuída quando acrescenta-se a concentração de 1200 mg L-1 de
nitrato de cálcio, independente da concentração de ácido bórico. No quarto
experimento, para os genótipos de pereira estudados, é recomendável a germinação de
grãos de pólen in vitro em meio de cultura básico ou acrescido de 100 mg L-1 de ácido
bórico. Para o quinto experimento, a fecundação dos óvulos não ocorreu na quase
totalidade de genótipos e tipos de polinização; de modo geral, a polinização cruzada
beneficia a fecundação.