Fenologia, sistemas de tutoramento e produção de Physalis peruviana na região de Pelotas, RS.

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Data
2009-03-31Autor
Lima, Cláudia Simone Madruga
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O grande desenvolvimento de cultivos frutíferos não tradicionais, em relação à
produção e superfície plantada, demonstra que o Brasil, como produtor está
descobrindo e ingressando em novos e interessantes mercados. Uma pequena fruta
com grandes potencialidades é Physalis peruviana, devido seu ciclo curto,
possibilidade de alto retorno econômico, associado às propriedades nutracêuticas.
Entretanto, pouco se conhece de seu desenvolvimento, crescimento e manejo,
principalmente para as condições edafoclimáticas de Pelotas/RS. Neste trabalho, o
objetivo principal foi conhecer o comportamento fenológico de Physalis peruviana e
adaptar técnicas de manejo em função das condições edafoclimáticas do Sul do RS.
O trabalho foi desenvolvido em Pelotas, RS, no período de 2007 a 2008. Para a
primeira etapa do experimento foram realizadas semeaduras em três datas. Foram
determinadas as datas de ocorrência, dias após a emergência e graus-dia para os
seguintes estádios: folhas verdadeiras, primeira ramificação, brotação floral, flores
inchadas, flores abertas, formação de brotos basais, frutos caídos, início de queda
das folhas, e colheita. Quinzenalmente, a partir do transplante, foram realizadas
avaliações de comprimento e diâmetro do ramo principal, número total de folhas do
ramo principal, número de brotos, número de flores e frutos. Também foram
realizadas mensalmente, a partir dos 120 dias após o transplante, avaliações de
qualidade dos frutos, como: massa do fruto e massa total, coloração da epiderme do
fruto, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (AT), relação SST/AT. Na
segunda etapa do experimento foram realizados transplantes de mudas em duas
datas associados a quatro sistemas de tutoramento de plantas, V invertido,
triangular, vertical com bambu e vertical com fitilho. Foram avaliados incremento do
comprimento e da área da seção do ramo principal, área da seção da ramo principal,
massa fresca da parte aérea e da raiz, produtividade, eficiência produtiva, percentual
de colheita, massa e diâmetro do fruto, coloração da epiderme do fruto, SST, AT,
relação SST/AT e carotenóides totais. Na primeira etapa os resultados mais
relevantes foram verificados na primeira data de semeadura. Para a segunda etapa,
foi evidenciado que a primeira data de transplante associada aos sistemas de
tutoramento V invertido e triangular proporcionam melhor desempenho agronômico
das plantas e frutos de physalis. Recomenda-se o cultivo de physalis na região de
Pelotas, RS. Setembro é a época de semeadura recomendada e novembro é a
época de transplante mais adequada. Os sistemas de tutoramento V invertido e
triangular são os mais adequados no manejo de plantas de physalis. (Apoio:
CAPES)