Engenharia Tecidual aplicada à regeneração pulpar: Análise da influência das porosidades de um scaffold sobre a proliferação e diferenciação odontoblástica de DPSCs

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Data
2012-09-25Autor
Conde, Marcus Cristian Muniz
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Propriedades físico-químicas e aplicabilidade biológica de materiais para aplicação em Engenharia Tecidual (ET) são de grande interesse e crescente importância no desenvolvimento de inovações na área de biotecnologia. Na odontologia as
pesquisas avançam a cada dia e demonstram que no futuro será possível aplicar terapias para regeneração da polpa dental na prática clínica. Essa transição demandará a capacidade de construção de um tecido pulpar que preencha completamente o canal radicular, produza dentina e tenha uma vascularização
suficiente para realização das trocas metabólicas teciduais. Para isso avanços ainda precisam acontecer; a padronização de técnicas e materiais que produzam resultados seguros é indispensável para que as terapias baseadas nos princípios da
ET possam ser utilizadas em ensaios clínicos em humanos. O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura para analisar as técnicas baseadas em Stem Cell-Based Therapy com potencial de estabelecer a transição das
pesquisas laboratoriais para avalições clínicas em um futuro próximo. Após a revisão, algumas lacunas no conhecimento foram claras.. Assim, foi realizado um estudo para avaliar a influência do tamanho de poros de scaffolds, a base de PLLA,
na proliferação e diferenciação de DPSCs. Para a obtenção de dois diferentes tamanhos de poros (150-250μm e 251-450μm), utilizamos cloreto de sódio como porógeno. Tooth Slices (1 mm de espessura) foram obtidos de terceiros molares humanos recém extraídos. O espaço correspondente à câmara pulpar foi preenchido com o sal, e então coberto com uma solução PLLA. Após a remoção a polimerização do PLLA e remoção do sal com água destilada foram semeadas DPSC (1 x 105 cells) nos scaffolds com diferentes porosidades. A proliferação celular foi avaliada após períodos específicos (3, 7, 14 e 21 dias) utilizando o método WST1. Após 21 dias em cultivo, realizamos o isolamento do RNA, do tecido produzido nos TS, utilizando Trizol®. Avaliamos a diferenciação odontoblástica através de RT-PCR através da expressão de marcadores odontoblásticos (DSPP, DMP1, MEPE), normalizados contra o GAPDH. O RNA de odontoblastos humanos foi o controle positivo. As taxas de proliferação celular foram similares nos dois grupos experimentais. Entretanto, após 14 dias de cultivo, as células cultivadas nos scaffolds com maiores porosidades apresentaram uma taxa de proliferação significativamente maior (p<0,05). Após 21 dias de cultivo nos TS, as DPSCs expressaram os três MO, independente do tamanho dos poros. Os tamanhos de poros aplicados por nós foram capazes de sustentar a proliferação e diferenciação das DPSC semeadas nos TS