Manejo da irrigação por alagamento e a toxidez por ferro no arroz cultivado em casa de vegetação.
Resumen
A toxidez por ferro é um dos mais importantes estresses abióticos que limitam a
produção de arroz em sistemas alagados. O alagamento do solo restringe as trocas
gasosas com a atmosfera, e condiciona ambientes com características de redução.
O maior ou menor estado de oxirredução do solo é condicionado pela atividade dos
microrganismos anaeróbios, que é afetada pelo manejo da água. Com o objetivo de
avaliar o efeito de manejos de água na dinâmica do ferro e no desenvolvimento de
toxidez de ferro em arroz irrigado em um Planossolo Háplico alagado foi instalado
um experimento em casa de vegetação, em blocos casualizados com quatro
repetições, onde foram testados os seguintes tratamentos: 1. início do alagamento
no estádio V2-V3 (condição 1); 2. início do alagamento no estádio V6-V7 (condição
2); 3. Condição 1 e drenagem no estádio V10-V11; 4. Condição 2 e drenagem no
estádio V10-V11 e 5. Condição 1 e drenagens nos estádios V8-V9 e V10-V11.
Foram realizadas coletas semanais da solução do solo aos 17, 24, 31, 41, 48, 55, 63
e 70 dias após a emergência das plantas de arroz. Na solução do solo foram
avaliados Eh, pH, e as concentrações de Fe, Mn, Ca, Mg, P e K. Nas plantas de
arroz foram avaliadas a massa seca da parte aérea e os teores dos nutrientes: N, K,
P, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn aos 42 e 70 dias após a emergência. Aos 50, 60 e 70
dias após a emergência avaliou-se a presença de sintomas de toxidez de ferro na
planta. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância, Teste de Duncan
a 5% de probabilidade e análise de correlação entre os indicadores de interesse
avaliados. O retardamento do ínicio do período de alagamento para o estádio V6-V7
do arroz manteve os valores do potencial redox da solução mais elevados
promovendo menor disponibilidade de Fe na solução do solo e deslocou o pico de
liberação do Fe para estádios mais tardios da planta. A realização de drenagens ao
longo do ciclo da cultura promoveu a reoxidação do solo que refletiu no aumento dos
valores do potencial redox e na redução da concentração de Fe na solução do solo
devido à oxidação de grande parte dos compostos de ferro que se encontravam sob
forma reduzida. O uso destes procedimentos durante o manejo da água foi eficiente
na promoção dos menores teores de ferro na parte aérea tanto no estádio V10-V11
como na fase de diferenciação da panícula e também na redução do percentual de
sintomas de toxidez de ferro nas folhas e no retardamento do aparecimento destes
sintomas para fases mais tardias da cultura. A realização de duas drenagens ao
longo do ciclo do arroz proporcionou a maior produção de massa seca na parte
aérea na fase de diferenciação da panícula. As concentrações mais elevadas de Fe
na solução se correlacionaram com os maiores incrementos nos teores de Fe na
parte aérea, maior percentual de folhas atingidas com sintomas de toxidez e na
diminuição da massa seca da parte aérea das plantas. Os teores de Fe na planta se
correlacionaram com a presença de sintomas de toxidez de Fe nas folhas somente
aos 41 dias e não se correlacionaram com a produção de massa seca da parte
aérea. No estádio de diferenciação da panícula o aumento no percentual de folhas
com sintomas de toxidez de ferro se correlacionou com reduções na produção de
massa seca da parte aérea.
A toxidez por ferro é um dos mais importantes estresses abióticos que limitam a
produção de arroz em sistemas alagados. O alagamento do solo restringe as trocas
gasosas com a atmosfera, e condiciona ambientes com características de redução.
O maior ou menor estado de oxirredução do solo é condicionado pela atividade dos
microrganismos anaeróbios, que é afetada pelo manejo da água. Com o objetivo de
avaliar o efeito de manejos de água na dinâmica do ferro e no desenvolvimento de
toxidez de ferro em arroz irrigado em um Planossolo Háplico alagado foi instalado
um experimento em casa de vegetação, em blocos casualizados com quatro
repetições, onde foram testados os seguintes tratamentos: 1. início do alagamento
no estádio V2-V3 (condição 1); 2. início do alagamento no estádio V6-V7 (condição
2); 3. Condição 1 e drenagem no estádio V10-V11; 4. Condição 2 e drenagem no
estádio V10-V11 e 5. Condição 1 e drenagens nos estádios V8-V9 e V10-V11.
Foram realizadas coletas semanais da solução do solo aos 17, 24, 31, 41, 48, 55, 63
e 70 dias após a emergência das plantas de arroz. Na solução do solo foram
avaliados Eh, pH, e as concentrações de Fe, Mn, Ca, Mg, P e K. Nas plantas de
arroz foram avaliadas a massa seca da parte aérea e os teores dos nutrientes: N, K,
P, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn aos 42 e 70 dias após a emergência. Aos 50, 60 e 70
dias após a emergência avaliou-se a presença de sintomas de toxidez de ferro na
planta. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância, Teste de Duncan
a 5% de probabilidade e análise de correlação entre os indicadores de interesse
avaliados. O retardamento do ínicio do período de alagamento para o estádio V6-V7
do arroz manteve os valores do potencial redox da solução mais elevados
promovendo menor disponibilidade de Fe na solução do solo e deslocou o pico de
liberação do Fe para estádios mais tardios da planta. A realização de drenagens ao
longo do ciclo da cultura promoveu a reoxidação do solo que refletiu no aumento dos
valores do potencial redox e na redução da concentração de Fe na solução do solo
devido à oxidação de grande parte dos compostos de ferro que se encontravam sob
forma reduzida. O uso destes procedimentos durante o manejo da água foi eficiente
na promoção dos menores teores de ferro na parte aérea tanto no estádio V10-V11
como na fase de diferenciação da panícula e também na redução do percentual de
sintomas de toxidez de ferro nas folhas e no retardamento do aparecimento destes
sintomas para fases mais tardias da cultura. A realização de duas drenagens ao
longo do ciclo do arroz proporcionou a maior produção de massa seca na parte
aérea na fase de diferenciação da panícula. As concentrações mais elevadas de Fe
na solução se correlacionaram com os maiores incrementos nos teores de Fe na
parte aérea, maior percentual de folhas atingidas com sintomas de toxidez e na
diminuição da massa seca da parte aérea das plantas. Os teores de Fe na planta se
correlacionaram com a presença de sintomas de toxidez de Fe nas folhas somente
aos 41 dias e não se correlacionaram com a produção de massa seca da parte
aérea. No estádio de diferenciação da panícula o aumento no percentual de folhas
com sintomas de toxidez de ferro se correlacionou com reduções na produção de
massa seca da parte aérea.