Utilização de Baccharis coridifolia na indução de aversão condicionada para plantas que contêm swainsonina
Resumo
Para determinar a capacidade de Baccharis coridifolia de induzir aversão à Ipomoea carnea var. fistulosa em caprinos e ovinos bem como avaliar a duração da aversão e o comportamento dos animais frente a esta técnica foram realizados dois experimentos. No primeiro, 13 caprinos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 avertido com 175 mg/kg de peso corporal de LiCl administrado via sonda orogástrica; Grupo 2, avertido com 0,25 g/kg de peso corporal de B. coridifolia. Esse procedimento foi repetido por três dias consecutivos. B. coridifolia induziu a aversão incompleta até os 30 dias após o primeiro dia da aversão em dois caprinos, e completa em cinco caprinos durante os 330 dias após o início da aversão. Nenhuma cabra foi completamente avertida pelo LiCl. No segundo experimento 15 ovinos foram divididos em três grupos: aversão com LiCl; aversão com B. coridifolia; e controle. Os ovinos foram desafiados ao consumo da planta até o 74º dia após o primeiro dia da aversão. O tempo destinado pelos ovinos ao consumo de I. cárnea foi de 2,4%±1,6% do total de tempo de pastejo. Tanto B. coridifolia como LiCl induziram aversão incompleta ao consumo de I. carnea em ovinos. Isso ocorreu em função de que I. carnea não é consumida pelos ovinos. Os resultados do primeiro experimento demonstraram que B. coridifolia pode ser usado com vantagens na indução de aversão a plantas tóxicas quando comparado com o LiCl. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a aplicação da técnica de aversão condicionada no Brasil.