Parâmetros Metabólicos e Ruminais de Ovelhas Induzidas à Acidose Ruminal Sub-Clínica, Suplementadas com Probiótico, Monensina e Selênio Levedura
Resumo
O objetivo do estudo foi determinar a eficácia do uso de probiótico (Saccharomyces
cerevisiae), monensina e selênio levedura, sobre parâmetros ruminais e metabólicos
de ovinos em situações de acidose ruminal sub-clínica (ARS). Foram utilizados 36
ovinos sem raça definida, com idade média de 12 meses e peso médio de 31 ± 8 kg.
Os animais foram mantidos em sistema de confinamento, recebendo dieta a base de
feno de tifton (Cynodon sp.) e concentrado. O experimento possuía 6 grupos
experimentais, com 6 animais em cada grupo, tendo sido diferenciados pelo seu
suplemento, sendo a dieta básica a mesma. Os tratamentos utilizados foram: grupo
CO: controle, apenas a dieta básica; CS: com adição de 1,5 g /animal/ dia Sel-Plex®
(selênio orgânico); CM: 11 ppm/ kg matéria seca da dieta de monensina sódica;
CSM: 11ppm/kg matéria seca da dieta de monensina sódica, juntamente com 1,5 g/
animal/ dia de Sel-Plex®; CY: 3 g/ animal/ dia de Yea-Sacc® (probiótico a base de
Saccharomyces cerevisiae); CSY: 3 g/ animal/ dia de Yea-Sacc® e ainda 1,5 g/
animal/ dia de Sel-Plex®. Os animais receberam esta dieta durante 21 dias, antes do
início das coletas. Após o período de adaptação, os ovinos foram submetidos a 2
dias de restrição ao concentrado e volumoso, recebendo apenas o suplemento e
água a vontade. Posteriormente os animais passaram por 4 dias de indução de
ARS, com livre acesso à fração concentrada da dieta, recebendo no primeiro
arraçoamento do dia os suplementos de cada tratamento. Nos três dias
subseqüentes ao período de indução, os animais retornavam a dieta do período de
adaptação recebendo os respectivos suplementos de acordo com cada tratamento
(período de recuperação). Foram realizadas coletas de líquido ruminal 4 vezes ao
dia (8, 12, 16 e 19 h), no período de indução, e às 12 h no período de recuperação.
No líquido ruminal foi avaliado pH, contagem total de protozoários e teor de cloretos.
A coleta de sangue foi realizada 1 vez ao dia no último dia de adaptação da dieta,
nos quatro dias de indução e nos três dias de recuperação. Os parâmetros
metabólicos avaliados foram: aspartato amino transferase (AST), gama glutaril
transferase (GGT), desidrogenase láctica (LDH), glicose, cálcio, cloretos, fósforo,
magnésio, sódio, potássio. Os resultados demonstram que o grupo controle se
mostrou superior aos demais quanto ao pH do fluido ruminal (p<0,05). Os cloretos
ruminais e a contagem total de protozoários não tiveram diferença entre grupos,
apenas entre dias de indução. Nos parâmetros metabólicos, os resultados não
tiveram diferença entre os tratamentos utilizados, apenas entre os dias de coleta.
Conclui-se que os suplementos utilizados não foram eficazes em manter os
parâmetros ruminais e metabólicos em níveis fisiológicos em animais submetidos à
acidose ruminal sub-clínica.