Perfil eletroforético das proteínas do leite e estabilidade no teste do álcool.

Visualizar/ Abrir
Data
2011-06-30Autor
Barbosa, Rosângela Silveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O Leite Instável Não Ácido (LINA) caracteriza-se pela perda da estabilidade das caseínas, resultando em precipitação positiva ao teste do álcool, sem apresentar acidez elevada acima de 18ºD e com alterações nas suas propriedades físico-químicas. Dentre as propriedades químicas destaca-se a diferença na porcentagem de proteína total e das frações protéicas entre leite estável e aquele instável no teste do álcool. O objetivo foi avaliar a relação entre o perfil eletroforético das frações protéicas do leite e sua estabilidade no teste do álcool com vacas recebendo diferentes dietas. Os experimentos foram conduzidos na bacia leiteira de Pelotas, zona sul do Rio Grande do Sul Brasil. O primeiro foi realizado na Embrapa Clima Temperado, nas estações de outono e inverno (de abril a agosto), com dois tratamentos: controle (dieta equilibrada) e restrição alimentar (60% de fornecimento de alimento), em seis vacas em lactação da raça Jersey, no estágio inicial de lactação. O segundo experimento foi realizado na Embrapa Clima Temperado, na estação do outono (maio a junho), com três tratamentos: controle (atendendo 100% das exigências nutricionais), adição de bicarbonato de sódio e adição de citrato de sódio, usando 17 vacas da raça Jersey, com média de 30 semanas de lactação). O terceiro experimento foi realizado no Colégio Agrícola Visconde da Graça UFPel,
10
nas estações: final de verão e início do outono (março a abril), com 3 tratamentos: controle (sem atender as necessidades nutricionais dos animais), 100% de atendimento das exigências energéticas e 100% de atendimento das exigências energético-protéicas, usando 12 vacas da raças Jersey e Holandês, no primeiro e segundo estádio de lactação. Em todas as etapas foram realizadas as análises: teste do álcool (68 a 80ºGL v/v, acidez titulável, pH, fervura, composição química (gordura, proteína, lactose, sólidos totais), contagem de células somáticas. Foram avaliados os parâmetros de produção de leite, peso corporal, escore da condição corporal. Além dessas, foi realizado eletroforese em gel de poliacrilamida 15% para determinação das frações protéicas do leite. No primeiro experimento, conclui-se que as dietas não alteraram as frações protéicas, composição e estabilidade do leite e parâmetros produtivos das vacas em estudo, com exceção da produção de leite. Já com relação a comparação de leite estável e leite instável no teste do álcool houve diferenças na fração protéica β-caseína. O grupo de vacas com menor estabilidade do leite apresentou menor proporção de β, mas maior de k-CN, caseína total e proporção de caseína. No segundo experimento, os aditivos bicarbonato de sódio e citrato de sódio influenciaram apenas as frações protéicas β e κ-caseína. O leite instável apresentou maiores quantidades de αs-caseína. No terceiro experimento, as dietas ajustadas foram suficientes para reverter o quadro de LINA, causar influência na produção do leite, proteína, sólidos totais e teor de cálcio no leite e sangue.