Toxidez por ferro em arroz (Oryza sativa L.): adequação de protocolo para caracterização de cultivares em sistema hidropônico.
Fecha
2013-10-04Autor
Oliveira, Danyela Cassia da Silva
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A toxidez de ferro é um dos principais estresses abióticos que afetam a cultura do arroz irrigado, sendo importante a caracterização da resposta de genótipos ao excesso de ferro. Os objetivos deste trabalho foram selecionar entre os caracteres morfológicos estudados, aqueles que possibilitem discriminar as
cultivares quanto ao estresse por ferro; selecionar a concentração que pudesse separar as cultivares sensíveis das tolerantes a partir de caracteres morfológicos de plantas cultivadas em sistema hidropônico. Foram realizados dois experimentos similares que diferiram apenas no tempo de exposição ao estresse por ferro, sendo que no experimento 1, as plântulas foram submetidas as concentrações de ferro por sete dias; no experimento 2, as plântulas foram mantidas na condição de estresse por 14 dias. Os experimentos foram conduzidos em blocos casualizados, com três repetições. Os experimentos
foram realizados no Laboratório de Cultivo Hidropônico e Duplo Haplóides do Centro de Genômica e Fitomelhoramento, FAEM/UFPel, em tanque de cultivo hidropônico. Foram avaliadas seis cultivares comerciais de arroz irrigado, previamente caracterizadas quanto à toxidez por ferro em condições de campo, sendo sensíveis (BR-IRGA 409, BR-IRGA 410, IRGA 417), medianamente sensível (BRS Atalanta) e tolerantes (EPAGRI 107, BRS Querência). Para a instalação de cada experimento as sementes foram desinfestadas e colocadas para germinar em BOD (câmara de germinação) com temperatura de 25ºC, com fotoperíodo de 16 horas e umidade relativa de 100% por 96 horas. Para
ambos os experimentos as plantas foram cultivadas em sistema hidropônico por condição por 14 dias, na solução nutritiva. No décimo quinto dia as plantas foram submetidas aos tratamentos, sendo a concentração controle (solução nutritiva), concentração 400 (solução nutritiva + 400 mg L-1 de FeSO4.7 H2O), concentração 800 (solução nutritiva + 800 mg L-1 de FeSO4.7 H2O) e a concentração 1200 (solução nutritiva + 1200 mg L-1 de FeSO4.7 H2O). Para o experimento1, os baldes permaneceram na condição de estresse por 7 dias, enquanto que no experimento 2 baldes permaneceram na condição de
estresse por 14 dias. No experimento1, as avaliações se procederam no oitavo dia, para o experimento 2, as avaliações se procederam no décimo quinto dia de estresse. Os caracteres avaliados foram: comprimento de raiz (CR), comprimento da parte aérea (CPA), número de raízes (NR), comprimento da
primeira folha (CPF), comprimento da segunda folha (CSF), comprimento de coleóptilo (CC), Inserção da primeira folha (IPF), Inserção da segunda folha (ISF) e diferença de inserção entre a primeira e segunda folha (DIPSF). Os caracteres foram medidos com auxilio de régua graduada em cinco plântulas normais por balde (escolhidas aleatoriamente) para compor uma repetição. Foram utilizados os dados relativos para fazer a análise de regressão para avaliar quais os caracteres morfológicos na discriminação das cultivares. Os dados originais foram separados por concentração onde se procedeu as análises multivariadas para a melhor concentração definir na discriminação de cultivares. Para a seleção de caracteres independentemente do tempo de exposição da planta ao estresse por ferro dentre os nove caracteres avaliados apenas o comprimento de raízes e o comprimento da segunda folha mostram-se eficientes na caracterização de cultivares de arroz em sistema hidropônico. Na seleção das houve diferença entre os experimentos. No experimento 1, utilizando análises multivariadas, apenas a concentração de 1200 mg L-1 de FeSO4.7H2O, durante sete dias, possibilita a discriminação das plantas de arroz tolerantes das demais com algum nível de sensibilidade ao ferro. No experimento 2, através da mensuração de características morfológicas de plantas submetidas as concentrações de 800 e 1200 mg L-1 de FeSO4.7H2O, por 14 dias, é possível separar as cultivares em três classes sendo elas: sensíveis, mediamente sensíveis e tolerantes, utilizando análises multivariadas.
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