Análise de crescimento e partição de assimilados em plantas de trigo submetidas a períodos de alagamento e qualidade fisiológica de sementes
Resumo
O estresse causado pelo alagamento interfere negativamente na fisiologia, crescimento e desenvolvimento das plantas, limitando, portanto, a produtividade das áreas tritícolas. As respostas das plantas de trigo (Triticum aestivum L.) submetidas ao alagamento ainda não são perfeitamente compreendidas. O melhor entendimento do mecanismo de crescimento em condições de privação de oxigênio pode contribuir para o adequado manejo das lavouras e detecção de possíveis problemas no desenvolvimento da cultura. Para testar a suscetibilidade ao encharcamento ao longo da ontogenia da cultura, os objetivos foram analisar o crescimento e a partição de assimilados das plantas de trigo submetidas a diferentes períodos de alagamento, bem como avaliar a expressão do vigor de sementes produzidas pelas plantas submetidas ao alagamento em pré e pós-antese. As plantas de trigo foram submetidas ao alagamento por três, quatro e cinco dias durante duas fases do ciclo de cultivo: elongamento do colmo e enchimento das sementes. Ao avaliar comparativamente o estresse negativo em condições de hipoxia nos estádios vegetativo e reprodutivo, utilizou-se o tempo médio de quatro dias de inundação para determinar a fase fenológica mais sensível ao alagamento. O alagamento afeta negativamente o crescimento de plantas de trigo, verificado pela redução da matéria seca total e da taxa de produção de matéria seca. A partição de matéria seca não mostra variações pronunciadas entre as estruturas da planta de trigo submetidas ao alagamento nos estádios vegetativo e na fase de enchimento da semente. O alagamento de plantas de trigo ocasiona redução no vigor de sementes. O estresse por alagamento no estádio vegetativo e reprodutivo em plantas de trigo causa redução de produtividade, pelo decréscimo do peso de mil sementes.
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