Imagens da cidade: representação e modernização na cidade do Rio Grande na década de 1950.

Visualizar/ Abrir
Data
2014-04-15Autor
Hallal, Maria Clara Lysakowski
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho tem como recorte temporal a década de 1950, mais especificamente, o período de governo do presidente Juscelino Kubistchek, 1956-1961. Momento marcado por inúmeras transformações: a modernização estava em vigor, perpetuada através das transformações urbanísticas e questões como o
desenvolvimentismo e as modificações industriais. O Plano de Metas, lançado logo após a posse do novo presidente, consistia em 31 metas, e tendeu a dar bases desenvolvimentistas para o Brasil, dentre os objetivos estava à expansão das áreas de energia, alimentação, indústria de base e transporte para todo o Brasil, inclusive, para o interior. Também abarcava a meta síntese, a construção da nova capital
federal, Brasília. A partir disso, faz-se a seguinte questão: a partir de imagens do jornal Rio Grande, considerado o de maior circulação da cidade, e do estúdio Casa Foto Rio Grande, será estudado a representação da nova visualidade urbana e se e como a modernização brasileira chegou a Rio Grande, no período estipulado. Os objetivos que norteiam este trabalho são: compreender como se expressou a
visualidade urbana, consequentemente a modernização e urbanização na cidade do Rio Grande; identificar as modificações urbanas na cidade durante a década de 1950 e identificar as obras de infraestrutura, embelezamento e os problemas oriundos da possível modernização riograndina. Dessa forma, foi possível constatar enquanto que as fontes, primordialmente, objetivavam mostrar o belo, oriundo das reformas, o antigo e defasado também foi evidenciado pelas fotografias do estúdio e
fotorreportagens do jornal. Nota-se, então, que na cidade do Rio Grande, o antigo e novo faziam parte da constituição moderna da cidade. Também foi possível perceber que os discursos da modernização não eram simplesmente virtudes, mas sim organização das forças, seja dos governos ou da população, pois esta, através do jornal ou fotografias do estúdio, poderia sentir-se parte integrante desse ideal e
participar, visto que a industrialização, cidadãos/habitantes, governos e urbanização estão interligados e são dependentes no processo.
Collections
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: