Adaptação do Shape Coding para o ensino de Língua Portuguesa para surdos do sexto ano do Ensino Fundamental
Resumo
O presente trabalho se apresenta como uma pesquisa aplicada (LAKATOS, MARCONI, 2003), na busca por inovação das estratégias didáticas a serem utilizadas em sala de aula para alunos surdos além do desenvolvimento de atividades de acordo com as orientações dos PCN (BRASIL, 1998a; 1998b). A partir da tradução e da adaptação do sistema Shape Coding, de Susan Ebbels (2007; 2014), desenvolveu-se o trabalho com a gramática explícita da Língua Portuguesa para reflexão linguística dos conteúdos referentes ao sexto ano do Ensino Fundamental pelo viés da educação bilíngue para surdos. O respeito e valorização das peculiaridades do ensino de LP como L2M2 para surdos basearam-se na incorporação de elementos visuais significativos para estes alunos. A visualidade surda foi estudada através de autores da área dos Estudos Surdos, como Skliar (2001), Campello (2008), Oliveira (2009) e Peluso e Lodi (2015). Documentos oficiais sobre a educação de surdos foram basilares para a adaptação do Shape Coding, com o qual se buscou padrões para a marcação visual de sentenças em LP para a compreensão do funcionamento da língua, comparando-a com a L1 dos alunos ao mesmo tempo em que usam e refletem sobre a sua L2M2. Na prática em sala de aula, pôde-se observar a ampliação da competência linguística dos alunos, principalmente daqueles com surdez mais profunda, através do estudo explícito da gramática da LP além da análise linguística com auxílio de pistas visuais. A reflexão linguística destacou-se como parte importante no processo de ensino de LP como L2M2, inserida em planejamentos de LP, tendo momentos influenciados pelos PCN tanto de LE como de LP.
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