Metamorfose: ocupação e transformação dos espaços livres do Conjunto Habitacional Guabiroba.
Resumo
O Conjunto Habitacional Guabiroba da cidade de Pelotas RS, projetado em 1980 e concluído em 1984, fazia parte do programa habitacional do governo financiado pelo BNH e promovido pela COHAB. Este projeto como outros do mesmo gênero tiveram forte influência dos ditames da Carta de Atenas, onde encontraram respaldo os profissionais e as políticas desenvolvimentistas da Nova República e dos anos seguintes. Brasília construída nesses moldes na década de 60 foi símbolo e referência para o novo modelo de cidade no Brasil. O Conjunto Guabiroba, construído em uma área de 26.24 ha. com 2624 unidades habitacionais de um, dois e três dormitórios e executado em duas tipologias, a de fita de dois andares e o de bloco “H” de quatro andares, teve uma implantação muito semelhante à superquadra modernista de Brasília, com prédios isolados, grande área livre -dentro do espírito de cidade no parque -equipamentos comunitários e vias para tráfego com traçado independente. A ocupação irregular e espontânea dos espaços vazios, coletivos ou públicos, para diversas funções, que começou logo de sua ocupação, mudou totalmente a configuração deste conjunto. Para entender esta nova morfologia, estudam-se os elementos estruturantes, como a rua, o quarteirão, a relação público-privado, o contraste figura-fundo, a diversidade funcional e formal, traçando-se sempre um paralelo com a cidade tradicional e a autoproduzida em direção à qual caminha, em nosso entendimento, esta metamorfose do Conjunto Guabiroba.
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