A Maquete e os Processos Projetuais: Ideia e criatividade em prática de ateliê.
Resumo
O pensamento criativo, na arquitetura, deve estar presente na formação profissional
dos discentes. As escolas de arquitetura fornecem subsídios para o ensino da
prática projetual onde o desenvolvimento da criatividade está vinculado ao
conhecimento técnico. O emprego de modelos físicos surge na antiguidade e se
perpetua ao longo da história como uma importante ferramenta de compreensão e
representação, em escala reduzida, da arquitetura proposta. Serve como mecanismo
e dispositivo de trabalho e, de reflexão, de construtores, projetistas, acadêmicos e
arquitetos, como meio de expressão e representação das ideias. O marco teórico do
trabalho parte de uma investigação ao longo da história, sobre os diferentes
panoramas e a diversificação do uso e aplicações das maquetes. Na atualidade vivese
um momento de intensas transformações das estratégias projetuais, propiciada,
principalmente, pelos novos meios digitais. Após o surgimento e popularização dos
computadores, a maquete física como mecanismo de projetação parece perder um
pouco da sua representatividade e, gradativamente, entra em desuso. É mais
aplicada pelos discentes e profissionais, na representação final do projeto, como um
produto de venda e comercialização da arquitetura. Entretanto, as maquetes
manuais oferecem um altíssimo grau de compreensão e síntese do projeto, pois
admitem uma leitura direta de aspectos físicos, espaciais, volumétricos e técnicos,
contribuindo à experimentação e aguçamento dos sentidos táteis e visuais de quem
as manipula. Este estudo tem como objetivo revisar o emprego das maquetes físicas
como instrumento no processo projetual, refletindo suas potencialidades através da
prática de projetação. Para isso, foi realizado um trabalho de projetação utilizando a
maquete como suporte à criatividade, tendo como artefato de desenvolvimento um
parque urbano para a cidade de Pelotas/RS. A atividade foi realizada com discentes
do terceiros semestre, na disciplina de Expressão e Representação Gráfica III, da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal de Pelotas. Ao final,
foi possível realizar apontamentos e argumentações para futuros trabalhos de
discentes e docentes, além de pesquisadores, que anseiem no desenvolvimento da
temática aqui desenvolta.
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