Cartografia do limite : o espaço livre de uso público e a borda molhada das cidades.
Resumo
Esta pesquisa de mestrado vem colaborar com a investigação sobre o urbanismo,
tratando-se, especialmente, da questão da urbanização dos espaços livres de uso
público construídos nos limites das cidades e que fazem contato com a água.
Elabora-se uma análise crítica de textos clássicos do urbanismo e de outras
disciplinas, como a filosofia e a literatura, juntamente com visitas a algumas orlas
urbanas, construídas na atualidade, com o objetivo de realizar uma “Cartografia
do Limite” que busca compreender o devir da sociedade contemporânea e a
necessidade de bons espaços livres de uso público para garantir uma boa
qualidade de vida aos cidadãos. Dois tipos de escritas distintas possibilitam a
confecção de mapas contemporâneos que revelam a busca por um agenciamento
de autores heterogêneos e investiga a qualidade dos espaços livres de uso
público e sua saldável relação entre o homem e a natureza. Uma das escritas
seleciona algumas obras literárias, que versaram sobre as maravilhosas
sabedorias acerca das cidades, principalmente a respeito dos espaços livres de
uso público, com o objetivo de construir uma “Cartografia Literária” que se propõe
a investigar questões inerentes ao devir urbano contemporâneo. Vários temas
inerentes ao urbanismo contemporâneo, tais como; a dinâmica de crescimento
das cidades, a mobilidade, os sentidos humanos, a urbanidade e a preservação
da natureza, são transportadas para uma “Cartografia Literária”, que se apropria
de ciências estrangeiras, como a filosofia e a literatura, e que busca reconhecer
novas possibilidades para o aprofundamento da pesquisa sobre os espaços livres
de uso públicos em bordas molhadas, dilatando, assim, o infindável caminho que
o urbanista deve percorrer na busca da compreensão do seu tempo. A outra
escrita faz visitas a algumas orlas construídas na contemporaneidade, com o
objetivo de elaborar uma “Cartografia dos Sentidos”, que explora a conexão entre
o meio urbano e a água, relata a experiência de caminhar pelas bordas molhadas
de algumas cidades e exalta a relação do homem com o espaço público e a água.
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