Avaliação do estado de conservação das fachadas de habitações de interesse social do PAR em Pelotas/RS: Residencial Regente, Jardins da Baronesa e Estrela Gaúcha.
Resumen
A produção de conjuntos habitacionais é a forma mais utilizada pelo governo federal para atender à demanda de moradias da população de baixa renda. Porém, a baixa qualidade no processo produtivo acarreta maior necessidade de manutenção, que se torna crítica, devido a limitação de disponibilidade de recursos dos moradores, influenciando na satisfação do usuário. Neste contexto, esta pesquisa avaliou, através de procedimentos metodológicos de Avaliação Pós-Ocupação, as fachadas de três conjuntos habitacionais de interesse social do PAR, na cidade de Pelotas/RS. Os empreendimentos estudos de caso desta pesquisa foram: Residencial Regente, Residencial Jardins da Baronesa e Residencial Estrela Gaúcha. A fim de avaliar o estado de conservação das fachadas foi realizado o levantamento de manifestações patológicas em cada conjunto, verificando a influência da modalidade do PAR no estado de conservação. Também foi realizada a avaliação da satisfação do usuário quanto ao estado de conservação das fachadas, através da aplicação de formulários aos moradores. Foi alvo de discussão a influência da orientação solar das fachadas e do pavimento da edificação no estado de conservação dos conjuntos habitacionais. Os resultados foram comparados aos dados obtidos no projeto INQUALHIS (MEDVEDOVSKI, 2010), onde foi identificada uma tendência no aparecimento de manifestações patológicas nos levantamentos realizados nos conjuntos recém construídos. Mas que, além das falhas de projeto, execução ou seleção de materiais, as manifestações patológicas incidentes nos objetos de estudo são originadas pela falta de manutenção. Quanto a modalidade do PAR, foi observado que a modalidade do PAR não tem influência no aparecimento de manifestações patológicas nos revestimentos de argamassa. Verificou-se que os pavimentos térreos dos três residenciais possuem maior incidência de manifestações patológicas por metro quadrado, e esta decresce com o aumento da altura do pavimento. Quanto a posição geográfica dos blocos, observou-se maior incidência de umidade nas fachadas sudoeste e sudeste e maior incidência de fissuras e trincas nas fachadas noroeste e nordeste. Para finalizar, foi possível verificar que a degradação das fachadas, indicado pela incidência de manifestações patológicas, acarreta maior insatisfação dos moradores com aparência das fachadas devido ao seu mau aspecto.
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