A performance artística a partir das relações com as coisas-memória: ancestralidade, afectos e corpo.
Resumo
Esta dissertação apresenta o processo de criação em performance, tendo a ancestralidade,
os afectos e o corpo como modo de destituir a sedimentabilidade da memória.
Desenvolvida no Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFPel,
tem seu mote na criação de encontros colocados na produção artística-visual-corporal da
pesquisadora. Assim, desenvolve o conceito de coisas-memória, partindo dos gestos,
afectos e ancestralidades. Recortando alguns trabalhos, Mandiocal, O que é Daqui?
Processos e Trajetos, Percursos Rurais e Urbanos, Voz e Matéria, Avó, Perfor(mar), Escalda
Pés e Tramóia, desenterra, desamontoa e desemaranha (vetores poéticos) os apagamentos
e silenciamentos das vozes de gerações de mulheres. Evidenciando as seguintes questões:
como as memórias engendram processos e se fazem na criação poética? Que memórias
surgem à superfície durante a criação em performance?, coloca os conceitos operacionais
e aproximações com os trabalhos artísticos e pensamentos de Marina Abramovic, Lygia
Clark, Kazuo Ohno, Sophie Calle, Els Lagrou, José Gil, Suely Rolnik, Virgínia Kastrup,
Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault e Henri Bergson. Adotando como método
a cartografia, a processualidade é a maneira de pensar e pesquisar em artes e poéticas
visuais.
Collections
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: