Estudo de validação sobre dificuldade visual autorrelatada entre estudantes dos cursos de graduação da Universidade Federal de Pelotas
Resumen
Os objetivos do estudo foram avaliar a prevalência de dificuldade visual autorrelatada entre acadêmicos da Universidade Federal de Pelotas ingressantes em 2017/1, e realizar um estudo de validação de uma pergunta sobre dificuldade visual, através da aplicação da tabela de Snellen, em uma subamostra dos participantes, a fim de estabelecer a sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo para essa pergunta. Realizou-se um estudo transversal e a pergunta sobre dificuldade visual utilizada foi: “Você tem alguma dificuldade para enxergar de perto e/ou de longe?”. Como padrão-ouro para o estudo de validação, a acuidade visual (AV) foi medida através da tabela de Snellen. Foram considerados portadores de AV diminuída aqueles com AV menor que 20/40, menor que 20/70 ou menor que 20/200 em qualquer olho. A prevalência de dificuldade visual autorrelatada foi de 37,3% (IC95%: 35,1-39,6) e a de AV menor que 20/40 em qualquer olho foi 6,9% (IC95%: 5,3-8,9). A pergunta apresentou sensibilidade de 71,4% (IC95%: 57,8-82,7), especificidade de 66,9% (IC95%: 63,4-70,2), valor preditivo positivo de 13,8% (IC95%: 10,0-18,3) e valor preditivo negativo de 96,9% (IC95%: 95,1-98,2). Os resultados indicaram uma alta prevalência de dificuldade visual autorrelatada entre jovens universitários. A pergunta mostrou sensibilidade e especificidade razoáveis, podendo ser utilizada como triagem para indicação de consulta com oftalmologista em estudos epidemiológicos com jovens adultos universitários.
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