Influência do Comportamento do Usuário no Consumo de Energia em um Prédio de Ensino Público na Zona Bioclimática 2
Resumo
Diante do elevado consumo energético em edifícios de ensino público, torna-se
necessário entender o comportamento e o papel do usuário no desempenho energético
das edificações. Este trabalho busca identificar a influência do usuário no
desempenho energético de edificação pública de ensino. Foram criados três padrões
de comportamento: ativo, intermediário e passivo. O usuário ativo busca o uso da luz
natural, utilizando o sombreamento solar passivo e a integração da ventilação natural
à artificial. O usuário intermediário não busca a integração da iluminação natural
com a artificial, utiliza a ventilação híbrida como estratégia de ventilação. O usuário
passivo não faz uso de nenhuma estratégia passiva, tanto para ventilação quanto
para iluminação natural, neste caso, utiliza predominantemente o condicionamento
artificial. Além disso, este usuário ajusta o setpoint da temperatura de resfriamento
e aquecimento para valores fora das normativas. Além dos usuários, foi elaborado
um modelo de edifício automatizado, no qual ocorre a integração da iluminação e da
ventilação natural com a artificial, além do controle do dispositivo de sombreamento
interno. As simulações energéticas foram realizadas no programa EnergyPlus com
o arquivo climático de Pelotas-RS. A interação entre o sistema de condicionamento
artificial e a ventilação natural foi controlada por meio do Energy Management
System (EMS) e do componente de ventilação híbrida do EnergyPlus. A influência
do comportamento do usuário foi analisada por meio do consumo de energia elétrica
total, condicionamento e iluminação artificial durante o período de ocupação. Os
resultados mostraram que os usuários do edifício situam-se entre o intermediário e
o passivo, com tendência ao intermediário. O padrão de uso passivo dos sistemas
pelos usuários pode ser visto como um potencial de intervenção e educação, com
incentivos ao uso eficiente de energia. Assim, há um indicador do potencial de
economia de energia. A automação do edifício representa um maior investimento,
259% ou duas e meia vezes. Comparado com o investimento de geração solar FV,
pode-se prever uma menor relação custo benefício para a automação do que para a
geração de energia FV.
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