Educação escolar brasileira: possibilidades e limites para uma formação de caráter omnilateral.

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Data
2016-12-12Autor
Baczinski, Alexandra Vanessa de Moura
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Este trabalho de tese é parte integrante das pesquisas realizadas no Grupo de
Pesquisa Filosofia, Educação e Práxis Social – FEPráxiS, inserido na linha de
pesquisa Filosofia e História da Educação, estuda o fenômeno educativo sob o
ponto de vista histórico e filosófico, almejando o reconhecimento da prática
educativa como uma práxis social emancipadora. Resulta do trabalho de pesquisa
que foi desenvolvido em torno da seguinte problemática teórica: quais são os limites
e possibilidades da educação escolar brasileira para superar a condição de
reprodutora social e promover uma formação omnilateral dos sujeitos, visando ao
desenvolvimento máximo de suas potencialidades? Seu objetivo central consiste em
destacar os espaços de contradição que possibilitam a concorrência para uma
formação omnilateral do ser humano, após análise do contexto atual da educação
escolar brasileira. A metodologia utilizada para atingir os objetivos propostos
contemplou os pressupostos de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e
documental, seguindo o método de investigação do materialismo histórico e
dialético. Por meio de um estudo bibliográfico e documental, buscou-se destacar os
espaços contraditórios no seio do capitalismo, que possibilitam a superação da
formação humana unilateral, abrindo espaço para inaugurar o movimento em prol do
desenvolvimento omnilateral do ser humano, mediado pela educação escolar. A
exposição do objeto investigado se estrutura em três momentos. Inicialmente são
apresentados aspectos da trajetória histórica da educação escolar brasileira,
enfocando especialmente os ideais liberais de homem, sociedade e educação que,
de modo implícito, determinam a constituição e a organização da escola. O segundo
momento contempla uma exposição sistemática acerca do conceito de
omnilateralidade enquanto um modelo formativo, buscando sua gênese e seu
desenvolvimento na obra de Marx. A seguir, sistematiza-se o conceito de
Emancipação Humana, entendido como um estágio máximo de desenvolvimento do
ser humano e como uma consequência da formação omnilateral. Por fim, são
expostas as contradições que se apresentam na organização escolar brasileira. A
complexidade explicitada neste texto visa a demonstrar limites e possibilidades para
se avançar na luta contra-hegemônica, apontando a educação escolar como uma
instituição cujo papel principal deve ser a formação omnilateral do ser humano, que
lhe possibilita a conquista da emancipação, contribuindo, dessa forma, com o
fortalecimento do processo para a superação do modo de produção capitalista.
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