Fluxos de radiação solar e desempenho fisiológico da amora-preta (Rubus spp) em diferentes épocas de poda

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Data
2022-02-22Autor
Santos, Patrícia Marques dos
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Ainda em crescimento no Brasil a amora-preta (Rubus sp.) se destaca entre as pequenas frutas com as melhores perspectivas no aumento de produção e oferta para a comercialização apresentando-se como uma das mais promissoras. O principal manejo na cultura é a poda, que consiste na retirada dos ramos que produziram na safra anterior e a condução dos novos ramos. O experimento foi conduzido no município de Morro Redondo – RS na safra de 2019/20, com objetivo de avaliar a influência da época de poda e da restrição hídrica sobre as trocas gasosas da amorapreta, caracterizar o balanço de radiação durante as fases fenológicas, a interferência da época de poda sobre o balanço de energia e determinar a relação entre o saldo de radiação e a evapotranspiração de referência. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com dez repetições, na qual cada parcela foi constituída por seis plantas, os tratamentos foram constituídos de três épocas de poda: 1ª época - 19/07, 2ª época - 15/08 e 3ª época - 09/09. O acompanhamento fenológico foi realizado por meio de observações visuais, semanalmente, observando os estádios de brotação, flor completamente aberta, baga verde, e baga madura. As variáveis micrometeorológicas foram coletadas por meio de instrumentos meteorológicos programado para registrar, de forma independente, cada medição. As medidas de
trocas gasosas foram feitas no período ente as 10h e 14h, em dias de céu completamente limpo, avaliando a taxa de assimilação líquida de CO2, condutância estomática, taxa transpiratória, concentração intercelular de CO2, déficit de pressão de vapor e eficiência do uso da água. A taxa de assimilação líquida de CO2, condutância estomática e transpiração não sofrem influência da época de poda, sendo afetadas pelo número de dias após a chuva. O número de dias após a chuva tem efeito na concentração intercelular de CO2, para as plantas que receberam a poda convencional. A eficiência do uso da água diferiu entre as épocas de poda com menor valor aos nove dias após a chuva. A antecipação da poda causa redução no acúmulo de energia para completar o ciclo fenológico. Para todas as épocas de poda a maior quantidade radiação solar global e saldo de radiação disponível ocorreram durante a fase de baga verde até baga madura. A nebulosidade causa redução nos valores
instantâneos de saldo de radiação, radiação solar global, radiação solar refletida, balanço de onda curta e balanço de onda longa em cultivo de amora-preta. Para a cultura da amora-preta o albedo não deve ser assumido como constante e o saldo de radiação possui correlação positiva com a evapotranspiração, aproximadamente 27% da do saldo de radiação é destinado para evapotranspiração.
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