Narrativa e representação nos quadrinhos: a restauração Meiji (1868) nos mangás
Abstract
Relativamente recentes no Brasil, os mangás conquistaram fãs de
diversas idades e gêneros através de títulos como Dragon Ball e Dragon Ball Z,
Samurai X, One Piece entre outros. Muitas de suas histórias possuem fundo
histórico ou fazem referência a partes da história japonesa, principalmente os
de samurais e shinobis (ninjas), o que acabou despertando o interesse de
leitores brasileiros, acostumados até então com histórias ocidentais que em
sua grande maioria eram puramente ficcionais. Toda esta notoriedade
adquirida pelos mangás no Ocidente chamou a atenção de estudiosos
ocidentais, dentre os quais citam-se Sonia Bibe Luyten (2000); Paul Gravett
(2006) e Robin Brenner (2007), levando-os a realizarem pesquisas que vão do
surgimento dos mangás ao papel exercido por eles na cultura japonesa atual.
Levando isto em consideração, este estudo tem por finalidade observar como
três mangakás (Nanae Chrono, Hideaki Sorachi e Nobuhiro Watsuki) se
utilizam de suas obras para transmitir a seus leitores a sua visão sobre
determinados eventos ocorridos na Restauração Meiji, seja através da narrativa
ou da representação de personagens históricas inseridas em suas tramas