Invisibilidade/visibilidade: o guarani pré-colonial em Gravataí
Abstract
As discussões acerca de patrimônio e memória têm, nos últimos tempos, tomado cada vez mais espaço nas diferentes esferas da sociedade. Também podemos
perceber que, além desses lugares, a preocupação em manter preservada a História, seja ela regional ou mesmo local, entre a população, é uma crescente.
Nesse sentido vemos surgir iniciativas de resgate de memórias como de imigrantes, conhecimentos tradicionais, entre outros, que na margem do esquecimento,
necessitam ser trazidos de volta e recolocados na esteira do tempo, para que outras gerações possam ter conhecimento. Este trabalho vai ao encontro dessas
discussões, tendo como um de seus propósitos, inserir nos debates historiográficos de cunho local a temática da presença indígena pré-colonial para Gravataí. Para
tanto, os caminhos a serem percorridos para estabelecer o guarani pré-colonial na região, iniciam-se a partir da historiografia Nacional e de como o indígena foi
representado e situado na formação da História brasileira. A historiografia gaúcha foi revisitada e se puderam pinçar alguns elementos para perceber a invisibilidade e
visibilidade do guarani pré-colonial para Gravataí, assim como perceber que a Arqueologia também não deu conta dessa presença indígena antiga. E por ultimo, no que tange a discussão da historiografia local, esse exercício busca apontar os processos que contribuíram para o apagamento da memória indígena guarani précolonial, investigando o papel dos agentes sociais, em particular o museu municipal
de Gravataí, e os dispositivos usados para, ora tornar invisível, ora dar visibilidade a essa cultura.