Atividade antifúngica e citotóxica de substâncias de origem sintética

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Data
2012-12-06Autor
Marques, Gabriela Henriques
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Ao longo dos últimos dez anos, a incidência de infecções causadas por fungos
tem aumentado. Fungos podem causar doenças graves em humanos, várias
delas fatais se não tratadas e entre estas incluem aquelas causadas por
agentes filamentosos, leveduras e dimórficos. As pessoas com
imunodeficiências são particularmente suscetíveis a doenças causadas por
fungos oportunistas, principalmente dos gêneros como Aspergillus spp.,
Candida spp., Cryptococcus spp., Rhodotorula spp., Aspergillus spp. e
Pneumocystis spp. Com o surgimento dos antimicrobianos, medicamentos
utilizados no tratamento para doenças infecciosas, aumentou a expectativa de
vida de pacientes com diferentes infecções e se combateu várias
enfermidades, sendo esta descoberta de enorme importância não apenas na
área de saúde, como também na economia. Entretanto a utilização excessiva
ou a má utilização destes favorecem o desenvolvimento de cepas resistentes,
tornando-se este um grande problema de saúde pública em todo o mundo e
levando à necessidade da descoberta de novas alternativas de um fármaco
antifúngico. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade
antifúngica contra Criptococcus laurenthi, Geotrichum spp., Candida albicans,
C. parapsilosis, C. guilhermodii, Trichosporum asahii e Rhodotorula spp. de
dezenove moléculas de origem sintética, da classe da tiazolidinonas e sua
citotoxicidade. O estudo de atividade antifúngica foi realizado através da
técnica de Microdiluição em Caldo (MC), com a determinação da Concentração
Inibitória Mínima (CIM) e da Concentração Fungicida Mínima (CFM) seguindo
os protocolos da CLSI M27-A3. O estudo da citotoxicidade com células
fibroblastos de ratos 3T3/NIH foi realizado através do ensaio com sal de
tetrazolium (MTT). Dentre as leveduras testadas, T. asahii e Rhodotorula spp.
apresentaram maior suscetibilidade a molécula de origem sintética, V58, com
CIM 10,41µg/mL e 35µg/mL, respectivamente. Nenhuma das dezenove
moléculas foram tóxicas na maior concentração testada (787µg/mL), com
exceção da molécula B25 que apresentou redução de mais de 16% de
viabilidade celular. Concluiu-se que a Candida spp. é o gênero menos
suscetível a esta classe de tiazolidinonas do que os outros isolados fúngicos, T.
asahii e Rhodotorula spp. Os resultados ora apresentados permitem antever
que o conhecimento da compatibilidade das moléculas sintéticas não
citotoxicas sobre o desenvolvimento dos fungos, é essencial para o
desenvolvimento de um futuro fármaco antifúngico.