dc.description.abstract | O governo brasileiro instituiu em 2009 o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), a fim de viabilizar o direito constitucional à moradia e ao acesso a melhores condições de habitabilidade (MALTA; CORREA, 2018). O programa injetou grande volume de recursos para o setor da construção civil e promoveu o acesso à moradia para a população de baixa renda com a concessão de altos subsídios (SOARES; SILVA, 2018). Apesar do PMCMV, o déficit habitacional continuou sendo realidade. Além disso, o PMCMV acabou priorizando a economia e limitando a qualidade arquitetônica e construtiva, por ser pautado por metas quantitativas (CARDOSO, 2013; AMORE; SHIMBO; RUFINO, 2015; ARAÚJO, 2020). Conforme Villa, Bortoli e Oliveira (2020), importantes estudos citaram que as habitações de interesse social (HIS) estão abaixo das necessidades e anseios dos
moradores; são milhões de famílias beneficiadas com o “sonho” da casa própria que têm convivido com instabilidade estrutural, falta de estanqueidade a chuvas e ventos, desconforto térmico, privacidade insatisfatória, entre outros impactos. Atualmente as HIS atendem de maneira mínima as necessidades básicas das pessoas, gerando uma falsa sensação de bem-estar (ARAÚJO; VILLA, 2020; AMORE; SHIMBO; RUFINO, 2015; VILLA; SARAMAGO; GARCIA, 2015). | pt_BR |