Uso de protetor gástrico associado a anti-inflamatórios não esteroidais em potros e equinos adultos
Resumo
O objetivo foi avaliar o efeito na mucosa gástrica do uso dos anti-inflamatórios não
esteroidais fenilbutazona e firocoxibe e da associação com omeprazol em de potros e
equinos adultos. Foram avaliados 20 animais adultos e 10 potros. Os adultos foram
distribuídos em 4 grupos com 5 animais cada: firocoxibe (AFI, 0,1mg/kg, VO),
firocoxibe + omeprazol (AFIO, 4mg/kg, VO), fenilbutazona (AFE, 4,4mg/kg, IV),
fenilbutazona + omeprazol (AFEO). Os potros foram distribuídos em 2 grupos com 5
animais cada: fenilbutazona (PFE) e fenilbutazona + omeprazol (PFEO). Ambas as
categorias receberam o tratamento por 14 dias. Foram realizadas gastroscopias nos
dias D0, D7, D14 e D21, e exames hematológicos e bioquímicos nos dias D0 e D21.
Nos adultos, foi observado aumento do escore de úlcera nos animais que receberam
fenilbutazona AFE) (60%) em comparação ao grupo que recebeu firocoxibe (AFI)
(20%). No grupo que recebeu fenilbutazona e omeprazol (AFIO), nenhum dos equinos
apresentaram aumento de escore. No grupo que recebeu fenilbutazona e omeprazol
(AFEO) 40% dos animais tiveram piora das lesões, porém sem evolução para escores
mais graves. Na categoria dos potros, não houve diferença entre os grupos que
receberam fenilbutazona sozinha ou associada com omeprazol (PFE e PFEO). Neste
estudo, não houve diferença nos tratamentos tanto nos animais adultos como nos
potros. No entanto, nos animais adultos, o uso associado de omeprazol com
fenilbutazona e firocoxibe sugeriu um efeito protetivo quanto à evolução dos escores
de úlcera. Isoladamente, a fenilbutazona induziu lesões mais graves quando
comparado ao firocoxibe.