Bioespuma poliuretano incorporada com dregs de licor verde para remoção de SARS-CoV-2 e Cr(III) de águas contaminadas

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Data
2021-06-22Autor
Schoeler, Guilherme Pereira
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Contaminantes em águas provocam o desequilíbrio da biota, redução da qualidade hídrica e danos à saúde pública. A presença de Cr(III) em águas decorre do alto volume de uso desse metal pesado em indústrias e à baixa eficiência de remoção desse contaminante a partir dos tratamentos convencionais. Além disso, a atual pandemia da COVID-19 causou diversos impactos negativos à saúde pública e na economia global. Uma bioespuma de poliuretano enxertada com resíduo da indústria de papel e celulose (o dregs do licor verde) é proposta como um novo filtro para remoção de Cr(III) e SARVS CoV-2 de águas residuais. A bioespuma (compósito polimérico) produzida pelo método da expansão livre e incorporada com 5% de dregs foi comparada nos testes de remoção às fases isoladas. O percentual e a capacidade de remoção de Cr(III) para a bioespuma foram de 36,15% e 58,50 mg·g -1 , para espuma pura foram de 36,15% e 57,56 mg·g -1 e para as partículas de dregs 81,93% e 135,45 mg·g -1 , respectivamente. Em relação à remoção do SARVS-CoV-2, os resultados mostraram potencial de remoção de 99,03% para o dregs, 91,55% para a bioespuma compósita de dregs, 99,96% para a espuma pura, 99,64% para o carvão ativado comercial, e 99,30% para a espuma compósita de carvão ativado comercial. Para o Cr (III), a ocorrência de um mecanismo híbrido de precipitação e adsorção sugere uma alta capacidade de remoção associada ao dregs. O potencial da espuma pode ser maximizado com o aumento do teor de dregs para a remoção e o emprego em colunas de remoção de contaminantes em situações de desastres ambientais, tendo um alto potencial para a utilização como filtros.