Produção de biodiesel a partir de subprodutos da agroindústria do pêssego
Resumo
Nas indústrias de conservas de Pelotas-RS, por ano, são processadas toneladas de frutos, em especial o pêssego, onde é descartada a semente dessa fruta (caroço), onde está contida a amêndoa com alto teor de ácidos graxos. Com o surgimento de vários estudos para obtenção de biodiesel, onde a principal matéria prima utilizada é a partir do óleo de soja, neste trabalho, o objetivo é verificar a possibilidade de se obter um biodiesel de qualidade, através do óleo de pêssego para, posteriormente, sugerir uma destinação correta ao resíduo e também efetuar o aproveitamento dos resíduos gerados no processamento do pêssego nas indústrias de conservas, e assim procedermos a transesterificação do óleo do pêssego. Dessa forma, a determinação das condições ideais para a produção do biodiesel de óleo vegetal da amêndoa do caroço de pêssego refinado via transesterificação metílica, utilizando o hidróxido de potássio como catalisador, sendo realizado por meio de delineamento experimental, utilizando um arranjo fatorial 2³. Sendo que o planejamento fatorial resulta em oito pontos com diferentes condições de produção de biodiesel oriundos de um ponto central. As variações das condições da metodologia aplicada ocorrerão na razão molar entre o óleo e o álcool, a quantidade de catalisador, assim como a temperatura. Onde serão realizadas as análises de índice de acidez, viscosidade, iodo e saponificação. Espera-se com isso que através da avaliação das propriedades físico-químicas dos ésteres derivados dos ácidos graxos do óleo produzido, se enquadrem dentro das normas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo - ANP e assim seja possível o aproveitamento dos resíduos gerados, e que através desse processo as indústrias possam ser autossustentáveis energeticamente