| dc.description.abstract | Este artigo tem por objetivo investigar as possíveis repercussões e aproximações entre um trecho em específico da obra A Gaia Ciência, de Friedrich Nietzsche (1844-1900) e o Poema Excelsior, de autoria de Henry Wadswort Longfellow (1807-1882). Esta investigação, de cunho teórico e bibliográfico, explicitará suas fontes na seção segionte, que versará em maiores detalhes sobre
a metodologia empregada. Nosso estudo se situa nos campos da história das ideias filosóficas e da análise comparativa entre filosofia e literatura. Sendo o aforismo de Nietzsche a ser estudado o de número 285 (GC). Embora, sejam abundantes nas
últimas décadas, os estudos a revelar o quanto a obra nietzschiana se mostra fortemente influenciada por escritores norte-americanos e anglófonos, não encontramos em nossa investigação exploratória nenhuma tese ou produção acadêmica a apontar caminhos para a temática específica de nosso artigo. No entanto, sabemos que Nietzsche empregou, em seu período intermediário e posteriormente, muitos recursos de linguagem próprios da linguagem poética e que já foram fartamente demonstrados, como o caso da metáfora (BLONDEL, 2004)), da metonímia (BABICH, 2006). No caso do trecho ao qual nos propomos perscrutar, há aproximações por óbvios: (1) o título do aforismo 285, tem o mesmo nome do poema de Longfellow; (2) havendo ainda aproximações no teor, o qual, em breve analisaremos. Sendo o primeiro traço a ser evidenciado, o que denominamos de metáfora alpina ou do alpinista, recorrente de muitas maneiras, na obra do filósofo germânico. Destacamos ainda, o quanto em sua fase intermediária, este pensador se vale fortemente dos recursos do estilo literário da prosa poética, comum, tanto a representantes do romantismo europeu, seus precursores: Ralph Waldo Emerson. Importante destacar que a definição mais econômica de prosa poética (Poet prose) é justamente, a mescla entre prosa e poesia. | pt_BR |