dc.description.abstract | As práticas neoliberais que se introduzem de forma mais aprofundada no campo educacional brasileiro a partir dos anos 1990, tem no presente, primeira metade do século XXI, reverberado a sua mais cruel faceta. É importante salientar que a cronologia da educação no sistema brasileiro é constituída de forma bastante peculiar; e, por conseguinte, para que possamos demarcá-la como campo analítico de modo coerente em sua totalidade, para além da problemática sociológica fundamental concernente às classes sociais, não podem deixar de serem expressos três aspectos fundamentais para a capilaridade ideológica da sua debilitada sustentação, o primeiro deles, refere-se ao modo como se funda a burguesia nacional, herdeira pretensiosa da Europa
usurário colonizadora; o segundo relaciona-se com os reflexos permanentes da chegada de cidadãos africanos para fixarem-se como escravos durante o processo de organização política e econômica da colônia portuguesa; já o terceiro aspecto, não menos importante, refere-se à necessidade de dar visibilidade, desde uma abordagem crítica, à concepção da franzina e incipiente democracia brasileira. Tais particularidades se entrecruzam de modo simbólico e simbiótico para a compreensão das debilidades estruturais do maior país da América Latina, e, por conseguinte, fazem-se repercutir no campo da pesquisa educacional tornando-se tema potencial para este projeto, e dando base, para orientar a busca por uma investigação crítica sobre o modo como o empreendedorismo tem adentrado o ambiente educacional, em especial no âmbito da formação profissional dos jovens
da classe trabalhadora, apresentando-se como solução alienante e ideológica para a falta de oportunidades de trabalho e orientação para a vida da juventude. | pt_BR |