dc.description.abstract | Partindo da conceitualização sobre os sistemas-mundo e da configuração da economia-mundo capitalista que WALLERSTEIN (2011a, 2011b, 2011c) apresenta, ARRIGHI (1996) aponta que o capitalismo é caracterizado por uma série de Ciclos Sistêmicos de Acumulação (CSA), que consistem em fases de crescimento econômico, seguidas de períodos de crise e reorganização. Cada novo CSA é marcado por uma mudança no centro de acumulação do capitalismo mundial, que é o ponto geográfico onde ocorre a maior parte da acumulação de capital e a inovação tecnológica mais avançada. Assim, em cada ciclo um país exerce hegemonia no Sistema Internacional, ou seja, ocupa uma posição de liderança política e econômica em relação aos demais no sistema mundial. Após a Primeira Guerra Mundial, o centro de acumulação do capitalismo mundial se transferiu para os Estados Unidos. Esse período, caracterizado como o longo século americano, durou até as Crises do Petróleo na década de 1970,
quando os Estados Unidos enfrentaram problemas econômicos, como inflação e desemprego crescentes. A partir desse momento, o centro de acumulação do capitalismo mundial começou a se deslocar para a Ásia Oriental, principalmente para a China, que se tornou um importante centro de produção e inovação tecnológica (ARRIGHI, 1996, 2008). Por isso, o objetivo da presente pesquisa é investigar como o BRICS contribui para a atuação da China na economia-mundo capitalista num movimento
de transição hegemônica. A hipótese a ser testada é se o BRICS é uma das formas pelas quais a China pode construir consenso internacional. A construção de consenso internacional é uma das características que ARRIGHI (1996) aponta como necessárias a um hegemon. | pt_BR |