Confecção de um modelo anatômico-didático de um esqueleto fetal humano

Abstract

O propósito da prática bioarqueológica é tentar extrair o máximo de informações morfológicas e antropométricas que os remanescentes humanos podem nos fornecer, assim como analisar a forma como certas experiências de vida ficam escritas nos ossos e usar a ciência para contar essas histórias (BLACK, 2022). Quanto mais recente ou mais completa a ossada mais detalhes de sua história podem ser extraídos. O acesso a esses remanescentes humanos viabiliza dados e recursos essenciais ao desenvolvimento das mais diversas pesquisas, como estudos morfométricos e de casos patológicos comparativos (CARDOSO; LIRA, 2016). Desse modo, entende-se a necessidade de esqueletos completos com informações conhecidas, que permitam aos pesquisadores desenvolver e aprimorar métodos de estimativa de sexo, idade ou estatura. Considerando esta problemática, as coleções esqueléticas contemporâneas, compostas por ossos de hospitais ou cemitérios, são uma alternativa mais viável para a coleta de tais informações (SALCEDA et al., 2012). Essas coleções de referência são compostas, majoritariamente, por esqueletos completos, adultos, separados por indivíduo e com registros ante-mortem (principalmente sexo biológico e idade à morte) (CUNHA et al., 2018). No entanto, a inclusão de esqueletos juvenis em coleções de ensino é essencial, uma vez que, eles permitem aos alunos compreenderem as mudanças anatômicas durante o desenvolvimento e oferecem informações sobre crescimento, variação anatômica e adaptações evolutivas. No caso da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), isso seria benéfico para os alunos de 15 cursos de graduação que apresentam a disciplina de Anatomia Humana e/ou Embriologia.