dc.description.abstract | Em de dezembro de 2020, a Argentina aprovou a legalização do aborto, após muitas décadas em que o movimento feminista do país se organizou e lutou por este direito. Agora, no país vizinho ao Brasil, qualquer mulher que engravide pode escolher abortar até a 14ª semana de gestação, sendo assegurado pelo Estado, um serviço gratuito e de qualidade. O aborto sempre foi uma realidade na sociedade em geral. Mesmo em países onde não é legalizado, todos os dias muitas mulheres abortam, a maioria delas em condições precárias. Na Argentina, o argumento mais usado foi a necessidade de tirar o “aborto do armário” e de tornar esse processo seguro e possível para todas. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar comentários que se colocam contra essa prática. Busca-se compreender, por meio da teoria dialógica do Círculo de Bakhtin, as marcas enunciativas presentes nos enunciados característicos dos discursos que se colocam como contrários ao aborto. | pt_BR |