Efeitos do treinamento aeróbio realizado em meio aquático ou terrestre sobre parâmetros cardiorrespiratórios e de força de membros inferiores em mulheres sobreviventes do câncer de mama: resultados preliminares do estudo Watermama

Abstract

A prática de exercícios físicos emerge como uma ferramenta não-farmacológica para manutenção e recuperação da saúde física de sobreviventes de câncer (DUNCAN et al., 2017). Diversas sociedades científicas de câncer têm enfatizado a importância do treinamento físico nessa população (DEMINICE et al., 2022; CORMIE et al., 2018; RUNOWICZ et al., 2016). Nesse cenário, treinamento aeróbio e treinamento de força são amplamente recomendados (RUNOWICZ et al., 2016; BEKHET et al., 2019). Evidências também apontam para impacto positivo do treinamento em meio aquático sobre inúmeros desfechos na população de sobrevivente de câncer de mama (CANTARERO-VILLANUEVA et al., 2013b; CUESTA-VARGAS et al., 2014, FERNÁNDEZ-LAO et al., 2013; LINDQUIST et al., 2015). Os benefícios do treinamento aeróbio em meio aquático são atribuídos às propriedades físicas da água, que oferecem resistência multidirecional e instabilidade, promovendo adaptações musculares e cardiorrespiratórias (ANDRADE et al., 2020; COSTA et al., 2018; KANITZ et al., 2015). Entretanto, grande parte das pesquisas até o momento não se dedicou a analisar e comparar os efeitos do treinamento aeróbio realizado em diferentes meios, especificamente aquático e terrestre (DENNETT et al., 2016; LEE & LEE, 2020). Portanto, o objetivo do estudo foi determinar e comparar os efeitos de 12 semanas de programas de treinamento aeróbio no ambiente aquático e no meio terrestre sobre aptidão cardiorrespiratória e força muscular de sobreviventes de câncer de mama.