Proposta de uma intervenção para o ensino no ambiente escolar com efeitos no conhecimento tático processual de adolescentes

Abstract

O esporte, por fazer parte da nossa cultura, está inserido como conteúdo da Educação Física escolar, quando inserido na escola deve ter um trato pedagógico, onde todos tenham a oportunidade de desenvolver suas habilidades básicas para a prática esportiva. Diante disso, ao longo dos anos há críticas acerca de como o esporte vem sendo ensinado na escola, com métodos de ensino pautados prioritariamente voltados para o ensino da técnica, o que por muitas vezes acaba excluindo os menos habilidosos da prática (DARIDO, 2008). Na década de 1980, surgem propostas de ensino voltadas para a aprendizagem através da tática, estimulando a criatividade e tomadas de decisão para situações de jogo. Mesmo com os avanços das pesquisas na área da Pedagogia do esporte, ressaltando a importância desses modelos para o processo de ensino e aprendizagem do esporte, o ensino voltado para a técnica ainda predomina no ambiente escolar (GIUSTI et al., 2017). Na perspectiva de explorar o ensino do esporte no ambiente escolar, surge o Projeto de extensão Jogando para Aprender, pautado nas indicações no processo de ensino-aprendizado no esporte na escola (PINHEIRO et al., 2020). Com o planejamento das aulas baseado na Iniciação esportiva universal (GRECO; BENDA, 1998) e mais elementos de pressão da coordenação motora, habilidades técnicas e capacidades táticas básicas, sugerido por Kroger e Roth (1998). O processo de ensino-aprendizagem permite aos escolares o aprendizado de habilidades associadas a diferentes modalidades esportivas, sendo assim, denominada iniciação esportiva generalizada (IEG) (RIBEIRO, 2020; BERGMANN et al., 2021). As ações com a IEG vêm trazendo resultados positivos nos aspectos atitudinais (SILVA et al., 2020) e nas habilidades motoras fundamentais de escolares (RIBEIRO, 2020). No entanto, para a prática esportiva são necessárias outras condições como os fatores cognitivos e psicológicas. Por conseguinte, é crucial avaliar os alunos não apenas em termos de competência técnica e tática, mas também em relação aos processos cognitivos e psicológicos, como o desenvolvimento do conhecimento tático processual (CTP), as necessidades psicológicas básicas (NPB) e a motivação para a prática esportiva dentro e fora do ambiente escolar.