dc.description.abstract | De acordo com a versão mais recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits no comportamento e na comunicação/interação social (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022). O aumento do número de matrículas destes estudantes, aliado à falta de conhecimento e à carência do uso de metodologias validadas cientificamente pelos professores e gestores no ensino regular (COSTA, CAMARGO, 2024) resultam em um cenário desafiante para a inclusão escolar, levando grande parte dos professores a não sentirem-se preparados para trabalhar com os alunos com TEA (CAMARGO et al., 2020).
Nessa perspectiva, buscar alternativas que auxiliem o professor no desafio de ensinar crianças com autismo, considerando necessidades e adequações curriculares individualizadas (juntamente com os conteúdos desenvolvidos com os demais alunos), é uma demanda importante para a pesquisa na área da educação inclusiva. Estudos nacionais têm demonstrado (COSTA, 2016;
PEREIRA; NUNES, 2018; COSTA, 2023) o Plano Educacional Individualizado (PEI) como uma metodologia de trabalho colaborativa benéfica no processo de ensino-aprendizagem de crianças com TEA, ou seja, tanto para os alunos quanto para as práticas dos professores (SILVA, CAMARGO, 2021). O PEI é considerado como um mapa educacional com base em um trabalho
colaborativo que apresenta metas e objetivos acadêmicos e funcionais de estudantes público alvo da Educação Especial (NUNES et al., 2024). Nele deve constar nível atual de desempenho dos estudantes, metas, objetivos e avaliações contextualizados com o currículo do ensino regular (PEREIRA, 2014). No PEI deve conter as metodologias de ensino utilizadas, o tempo para alcançar os objetivos e os espaços de aprendizagem que serão utilizados nas atividades (SILVA, CAMARGO, 2021). Além disso, por ser colaborativo, o PEI deve contar com a participação de uma equipe: professor regente, professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE), demais profissionais da escola, profissionais externos (quando houver), família e, quando possível, o próprio aluno. | pt_BR |