| dc.description.abstract | Este trabalho é um recorte de uma pesquisa de mestrado que analisa, através de registros fotográficos, o desenvolvimento do veraneio na cidade de Tramandaí na primeira metade do século XX. Nos primórdios da popularização dos banhos de mar, o principal objetivo dos banhistas estava relacionado com o tratamento de enfermidades. Todavia, para os homens, essa prática também passou a ser considerada como uma demonstração de masculinidade e de virilidade, fazendo com que eles buscassem nadar em águas mais profundas e geladas e em um estado de seminudez. Em contrapartida, para as mulheres, entendidas como seres mais frágeis e sensíveis, os banhos eram realizados utilizando roupas que cobrissem a maior parte possível do corpo e sempre nas águas mais rasas e tendo a menor duração possível (CORBIN, 1989, p. 87-88). Nas fotografias do veraneio de Tramandaí, foi observado que nas três primeiras décadas do século XX manteve-se um padrão nos trajes de banho feminino, sendo esses geralmente compostos por uma peça única que ia até abaixo dos joelhos, com mangas cobrindo os braços e sempre com uma touca protegendo os cabelos, uma peça tão indispensável para as mulheres nessa época que aparece em todas as fotografias analisadas que correspondem a esse recorte temporal, além de ser possível encontrar publicidades de confecções de toucas impermeáveis para banhistas nos classificados do jornal Correio do Povo (Correio do Povo, 21 de dezembro de 1924, p. 13). Contudo, a partir da década de 1930, os trajes das mulheres presentes nas fotografias analisadas começam a mudar, acompanhando mudanças também na própria prática do veraneio. Diante desse contexto, essa comunicação tem como objetivo analisar essa mudança e quais foram as suas influências. | pt_BR |
