dc.identifier.citation | KAHMANN, Andrea Cristiane. Tradução de "Redes, favelas e arranha-céus: as transformações físicas e o planejamento nas regiões metropolitanas", de Horacio Capel. REVISTA ELETRÔNICA DA FACULDADE DE DIREITO DE PELOTAS, v. 6, p. 392-452, 2020. | pt_BR |
dc.description.abstract | O texto que se apresenta a seguir é uma tradução de Redes, chabolas y rascacielos: las transformaciones físicas y la planificación en las áreas metropolitanas, de autoria do geógrafo espanhol Horacio Capel, apresentado por primeira vez em Barcelona, em 2002, em um seminário internacional sobre o desafio das áreas metropolitanas em um mundo globalizado. Este texto estrutura-se em sete capítulos, a saber: (1) A cidade difusa, em que o autor apresenta as tendências para a expansão da urbanização; (2) O funcionamento do mercado de trabalho, em que discute as relações e os locais do trabalho em face da organização urbana, implicando, por exemplo, na necessidade de vias e de transporte público para fazer frente aos deslocamentos moradia-trabalho, cada vez mais longos em algumas realidades; (3) Policentrismo e mudanças na periferia, a tratar sobre as consequências do direcionamento de atividades terciárias para as periferias; (4) Determinações e processo da expansão urbana, sobre as preexistências que precisam ser juridicamente tuteladas e que impactam a expansão urbana, tais como o meio ambiente natural e as características históricas e arquitetônicas do espaço urbano já construído; (5) As características morfológicas na construção das metrópoles atuais, em que apresenta os tipos morfológicos a partir dos quais a cidade é construída, e que variam de barracos a arranha-céus, além de outras formas de segregação e exclusão social; (6) As redes, a abordar acessos e comunicações na organização das regiões metropolitanas; e (7) Os instrumentos de planejamento, em que o autor lança luzes sobre os agentes urbanos que modelam a cidade e defende a necessidade de criação de organismos para a gestão integrada e holística das regiões metropolitanas, baseadas no diálogo e na participação democrática, para que os municípios menores participem da tomada de decisões acerca da cidade principal ou ao conjunto da região. Esse texto, que alerta para a relevância de uma atuação mais decidida do Poder Público em face do planejamento urbano nas metrópoles afetadas pelo processo de globalização, é apresentado em tradução direta, revisada pelo autor e por um especialista em urbanismo, que o atualizou para este Brasil que sofre os resultados das Jornadas de Julho de 2013, a primeira de uma série de protestos, que teve como estopim o aumento da tarifa do transporte urbano, mas que, em uma análise mais ampla, representou a crise da ausência do Estado em face do planejamento urbano, a crise das periferias empurradas a cidades-dormitório sem infraestrutura e distantes das (cada vez mais escassas) oportunidades de trabalho formal, e das regiões metropolitanas, como Rio de Janeiro e São Paulo, às que se impõe um dos deslocamentos moradia-trabalho mais longos do mundo, além da gritante desigualdade representada pelos barracos ou zonas favelizadas em meio aos arranha-céus de moradias das classes confortáveis. | pt_BR |