| dc.description.abstract | Jules Supervielle (1884-1960) teve a vida marcada por deslocamentos entre Europa e América do Sul. Nascido em Montevidéu e instalado em Paris desde 1894, testemunhou de perto grandes acontecimentos em âmbitos diversos, como as vanguardas artísticas, a rápida evolução tecnológica e a Primeira Guerra Mundial. Desenvolveu sua voz poética nesse contexto compartilhado com Guillaume Apollinaire (1880-1918), André Breton (1896-1966), Louis Aragon (1897-1982), entre outros escritores. Em 1924, quando Breton publicou o Manifesto do surrealismo, Supervielle estava prestes a lançar um de seus livros de poesia mais importantes. No presente artigo, propomos analisar de que maneira o poeta franco-uruguaio, através de depoimentos e reflexões teóricas, busca individualizar-se em relação à estética surrealista, estabelecida com grande influência já a partir do primeiro manifesto. Também iremos explorar, além das divergências, em que pontos elas seriam convergentes, e por que tais aproximações seriam possíveis. Com tal abordagem pretendemos, além de estudar a poética de Jules Supervielle, contribuir para a compreensão da complexidade do surrealismo, explorando sua difusão e sua recepção no meio artístico desde seu surgimento. | pt_BR |
