Implicações fenomenológicas do charme intrínseco no grande colisor de hádrons
Abstract
O Modelo Padrão da Física deParticulas descreve os hádrons em termos dos quarks e dos glúons. Em especial, o conhecimento preciso das componentes de quarks é fundamental na determinação da presença de Física além do Modelo Padrão. A maioria das análises globais assume que as distribuições partônicas para o quark charme são geradas perturbativamente devido à divisão de um glúon, porém na literatura encontramos predições que acreditam que existe uma componente não perturbativa de quarks pesados intrínseca à função de onda do próton. É importante distinguirmos dois tipos de contribuições dos quarks à estrutura do hádron: extrínseca e intrínseca. O quark extrínseco é gerado de forma perturbativa, através da evolução da QCD e porta pequena fração de momentum, por isso popula regiões de pequena fração de momentum x. O quark intrínseco é gerado
de forma não perturbativa, estando relacionado com os quarks de valência do hádron e porta grande fração de momentum, por isso popula regiões de grande x. Neste trabalho, estamos investigando a existência de uma componente de charme intrínseco no próton. Atualmente, não existe evidência experimental da existência do charme intrínseco, ou seja, este tema está em aberto e em constante debate. Neste trabalho, estudamos as implicações fenomenológicas do charme nos processos envolvendo os bósons de calibre W e Z e para processos que envolvem bósons de calibre associados a quarks pesados, no caso p+p ! γ +c e p+p ! Z+c, onde analisamos suas seções de choque utilizando as parametrizações do grupo CTEQ, considerando os diversos modelos que predizem a existência do charme intrínseco. Nossos resultados apontam que a melhor região cinemática para provar experimentalmente o charme intrínseco é a região de rapidez frontal, para um momento transverso grande e uma energia de centro de massa pequena.

