Conservação in vitro de amoreira-preta via crescimento lento
Resumo
A conservação de germoplasma in vitro via crescimento lento é uma alternativa
para amoreira-preta, já que esta é geralmente mantida em condições de
campo. A técnica de crescimento lento possui diversas vantagens, como o
aumento do espaço de tempo entre repicagens, reduzindo a intensidade de
mão de obra e os custos da manutenção do material in vitro. No entanto,
considerando os diversos fatores que interferem na redução do crescimento in
vitro, são necessários ajustes da técnica como os tipos e as concentrações de
osmorreguladores adicionados ao meio de cultura. Objetivou-se avaliar o uso
de reguladores osmóticos no meio de cultura para conservação de
germoplasma de amoreira-preta, cultivares Tupy e Guarani. Gemas axilares
oriundas de plantas pré-estabelecidas in vitro foram inoculadas em tubos de
ensaio contendo meio MS, acrescido de mio-inositol (100 mg L-1), ágar (7,5 g L-
1) e combinações entre sacarose (0, 15 ou 30 g L-1) e manitol (0, 10, 20 ou 30 g
L-1), tendo cada tratamento 25 repetições. Após a inoculação dos explantes, os
tubos de ensaio foram transferidos para sala de crescimento com temperatura
de 25°C±2 e fotoperíodo de 16h, onde permaneceram por 10 meses. Após
esse período, o material foi transferido para meio de multiplicação onde
permaneceu por 30 dias e, posteriormente, o material passou pela etapa de
enraizamento, seguido de aclimatização. Foram avaliadas ao longo do
experimento a taxa de sobrevivência, comprimento da raiz e parte aérea, taxa
de multiplicação, enraizamento, massa seca e fresca dos explantes, teor de
umidade e quantificação de prolina. A sobrevivência dos explantes após 10
meses foi maior nos tratamentos contendo menores concentrações de manitol
(10 e 20 g L-1), combinadas ou não com sacarose (68,6%), e nos tratamentos
contendo sacarose isoladamente (78%). Já nos tratamentos contendo maior
concentração de manitol (30 g L-1), combinado ou não com sacarose,
observou-se menor percentual de explantes sobreviventes (28,5). Maior
comprimento das brotações (35,31 mm) foi observado no tratamento utilizando
somente sacarose. Concluiu-se que é possível a conservação in vitro da
cultivar Guarani via crescimento lento com adição de osmorreguladores ao
meio de cultura, já a `Tupy` apresentou baixa taxa de sobrevivência para
maioria dos tratamentos.
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