Desempenho fisiológico das forrageiras cornichão e trevo vermelho em função do controle químico
Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade, o vigor da semente e o crescimento de plantas de cornichão e trevo vermelho, provenientes de áreas da Embrapa Pecuária Sul, submetidas a diferentes doses de herbicidas pré e pós emergentes (diclosulam, bentazona e iodosulfurom-metílico), com a finalidade de identificar os herbicidas seletivos à estas forrageiras. Na primeira etapa do experimento foi avaliado o efeito do herbicida pré-emergente diclosulam no potencial fisiológico das sementes
e crescimento inicial das plântulas. As sementes das forrageiras, foram semeadas em substrato previamente umedecido com solução de diclosulam nas concentrações de 0; 0,5; 1,0 e 1,5 vezes a dose registrada do produto pelo fabricante. Na segunda etapa, após o cultivo em casa de vegetação por 107 dias, foi realizada a aplicação dos pósemergentes, por meio de pulverizador costal de pressão constante em condições atmosféricas de 23º C de temperatura e 71% de umidade relativa do ar (UR). Foram utilizadas concentrações do herbicida referentes a zero; 0,5; 1,0 e 1,5 vezes a dose registrada pelo fabricante. Os resultados da primeira etapa, demostraram que as variáveis comprimento da parte aérea, comprimento de raiz e massa seca total foram alteradas negativamente pela exposição às diferentes doses de diclosulam, enquanto o potencial germinativo e a capacidade de emergir não foram prejudicadas, em ambas as espécies estudadas. Na segunda etapa os resultados obtidos mostraram maior sensibilidade das plantas de cornichão ao herbicida bentazona e das plantas de trevo vermelho ao herbicida iodosulfurom-metílico. Portanto é possível concluir que, as diferentes doses de diclosulam não comprometem o potencial germinativo, nem a capacidade de emergir das sementes de cornichão e trevo vermelho, porém, interferem negativamente no seu desenvolvimento. Já com a aplicação dos pósemergentes, o cornichão apresentou sensibilidade ao herbicida bentazona e características de tolerância ao herbicida iodosulfurom-metílico, enquanto o trevo vermelho respondeu de forma contrária, sendo mais sensível a aplicação do iodosulfurom-metílico e tolerante ao bentazona, ativando mecanismos de adaptação e permitindo o desenvolvimento da planta.
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