Lesões potencialmente malignas e carcinoma espinocelular oral: estudo de suas características individuais, clínicas e sua relação com a angiogênese
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo analítico-descritivo de casos de lesões potencialmente malignas (LPM), de baixo e alto risco de malignização e do carcinoma espinocelular (CEC), avaliando suas características individuais, clínicas e histopatológicas. Além disso, o presente estudo visa também correlacionar o potencial angiogênico das LPM e do CEC, através da identificação da microdensidade vascular (MVD), bem como, para os casos de CEC correlacionar a presença de metástase com tais variáveis. Uma amostra de 49 pacientes, sendo 15 (30.6%) LPM de baixo risco de malignização, 15 (30.6%) LPM de alto risco e 19 (38.8%) casos de CEC, foi investigada por meio de um questionário em forma de entrevista e por uma análise imunoistoquimica com o anticorpo anti-CD34 – para marcar os vasos sanguíneos neoformados - visando avaliar a MVD de cada grupo. Observou-se uma maior prevalência de LPM e CEC em homens e indivíduos adultos mais velhos. Em relação aos hábitos de tabaco e álcool, nossos achados corroboraram os da literatura, confirmando o papel desses dois principais fatores de risco na carcinogênese oral. A análise da MVD mostrou associação
estatisticamente significante entre os grupos de LPM de baixo risco com MVD média de 16.5, LPM de alto risco, com 21.9 e de CECs com 29.3. Considerando-se as limitações deste estudo, foi possível concluir que indivíduos do sexo masculino, adultos com idade mais avançada, fumantes e
consumidores de bebidas alcoólicas estiveram associados há uma maior propensão de ocorrências de LPM e CEC. Além disso, o potencial angiogênico, representado pela MVD, mostra significativo aumento com a progressão das LPMs em malignas, sendo um marcador importante na estimativa do
prognóstico dessas lesões.
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