O problema do mal em Anselmo de Aosta.
Abstract
O presente trabalho pretende estudar o problema do mal em Anselmo de
Aosta, tomando como base algumas importantes obras do autor,
especialmente sua trilogia sobre a Sagrada Escritura. A partir daí busca-se
elucidar, numa perspectiva teórica, o problema mal sob dois horizontes, a
saber: primeiro a argumentação anselmiana de que Deus não faz o mal e,
deste modo, só o pode fazer as criaturas mesmas, e, segundo demonstrar que,
conforme o Doutor Magnífico, a responsabilidade última da ação é da criatura
racional, ou seja, a criatura racional, pela vontade livre, é responsável por
perseverar ou não na retidão. Com isso procurou-se asseverar a defesa radical
de Anselmo acerca da voluntariedade da vontade. Para tanto, o problema que
norteou a presente pesquisa foi como compatibilizar, segundo o referido autor,
a evidência da presença do mal frente à perspectiva cristã de um mundo criado
por um único Deus, sumamente bondoso, poderoso, sábio e justo, ou ainda
como pode o homem, criatura deste Deus, querer aquilo que é nocivo?
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