dc.creator | Cardoso, Silvio Cesar Gomes | |
dc.date.accessioned | 2020-04-29T10:37:32Z | |
dc.date.available | 2020-04-28 | |
dc.date.available | 2020-04-29T10:37:32Z | |
dc.date.issued | 2017-03-24 | |
dc.identifier.citation | CARDOSO, Silvio Cesar Gomes. Hannah Arendt: desobediência civil e liberdade. 2017. 123 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5105 | |
dc.description.abstract | The present investigation has the aim of analyzing the civil disobedience in Hannah Arendt (1906-1975), based on her theory, which claims the politics as a human organizer, that dispenses violence, searching for understanding how she bases politics in a modal of Constitutional State, where the individual rights are guaranteed and places of liberty are extended, allowing the citizens to participate on the government management. Among Arendt works, were examined: Crisis of the Republic, On Revolution, Between Past and Future, The Human Condition, Eichmann in Jerusalem, specially, and were also consulted works on the author by different commentators that helped to elucidate some related concepts. In this context, the method that was more adequate to the investigation was the analytic, descriptively exposing the contents, making easier its chaining and comprehension. According to her, the juridical ordering must establish conditions that allow the right diverge, since liberty and individual rights, legally guaranteed, are in threat. Thus, the civil disobedience, as an expression of the “right resistance”, doesn’t need a law to guarantee it, once it is a way to guarantee the citizens’ rights, a moment when the Legal System can be understood as a mechanism that allows the effectiveness of these changes, where the civil disobedience can be the best possible ‘medicine” for the lack on
the Legal Review. Arendt makes difference between power and violence, claiming that violence is characterized by its instrumental character, that multiplies the individual potential. Power appears when the human beings are acting in set and with common objectives and opinion. When there is power, there is a relation that leads to a common will formation, aiming to an accordance obtaining. Thus, to Arendt, power is never attributed to a singular person, once it is a result of the capaciity of acting in plural, in a set, and it only exists while it is in a group. To her, staring that violence and power are not synonymous is not enough, once they contradict themselves and, when one of them dominates, the other is absent. To Arendt, civil disobedience dispenses violence and can be used as an important tool to citizenship maintenance, taking in consideration that belongs to the citizen the discussion, the search for solutions and actions in group to change unfavorable situations that effect the lives of all individuals in a group, direct or indirectly, and they need a public intervention, once it reverberates on the political community life. The use of this “tool” becomes important in the denominated “representative crisis” context to the necessary changes promotion and realization, to liberty preservation, human dignity and humanity itself. | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Filosofia | pt_BR |
dc.subject | Arendt | pt_BR |
dc.subject | Liberdade | pt_BR |
dc.subject | Desobediência civil | pt_BR |
dc.subject | Poder | pt_BR |
dc.subject | Violência | pt_BR |
dc.subject | Crise de representatividade | pt_BR |
dc.subject | Liberty | pt_BR |
dc.subject | Civil disobedience | pt_BR |
dc.subject | Power | pt_BR |
dc.subject | Violence | pt_BR |
dc.subject | Representative crisis | pt_BR |
dc.title | Hannah Arendt: desobediência civil e liberdade. | pt_BR |
dc.title.alternative | Hannah Arendt: civil disobedience and freedom. | pt_BR |
dc.type | masterThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorID | | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/4455819071429405 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/2113698088338985 | pt_BR |
dc.description.resumo | A presente investigação visa a analisar o conceito de desobediência civil em Hannah Arendt (1906-1975), com base em sua teoria, a qual concebe a política como organizadora da vida humana que prescinde da violência, buscando compreender como ela fundamenta a política em um modelo de Estado Constitucional em que os direitos individuais sejam garantidos e os espaços de liberdade sejam ampliados, possibilitando aos cidadãos participarem da gestão governamental. Foram examinadas as seguintes obras de Arendt: Crises da República, Sobre a Revolução, Entre o passado e o Futuro, A Condição Humana, Eichmann em Jerusalém, em especial, e ainda, foram consultadas obras de diversos comentadores que auxiliaram a elucidar alguns conceitos relacionados. Nesse contexto, o método que mais se adequou à investigação, foi o analítico, ao expor os conteúdos descritivamente, facilitando seu encadeamento e compreensão. Para Arendt, a política possui estreita relação com a liberdade humana, e implica em um espaço para o desenvolvimento da discussão, da decisão e da
ação. Segundo ela, o ordenamento jurídico deve estabelecer condições que possibilitem o direito de divergir, caso a liberdade e os direitos individuais garantidos legalmente estejam ameaçados. Dessa forma, a desobediência civil, como forma de expressão do “direito de resistência”, não necessita de lei para garanti-la, por tratar-se de um meio para assegurar os direitos do cidadão, momento em que o Sistema Legal pode ser entendido como um mecanismo que proporciona a realização efetiva dessas mudanças, no qual a desobediência civil pode ser o melhor “remédio” possível para a falha básica da Revisão Judicial. Para tanto, Arendt diferencia o poder e a violência, afirmando que a “violência”, é caracterizada pelo seu caráter instrumental, multiplicador da potência individual. O poder surge quando os seres humanos estão agindo em conjunto e com objetivos e opiniões em comum. Quando há o poder, ocorre uma relação que leva à formação de uma vontade comum, voltada para a obtenção do acordo. Dessa forma, para Arendt, o poder nunca é atributo de um indivíduo no singular, pois é o resultado da capacidade do agir pluralmente, em conjunto, e existe apenas enquanto o grupo se
mantém unido. Para ela, não basta apenas afirmar que a violência e o poder não são sinônimos, pois eles se opõem e quando um domina, o outro está ausente. Para Arendt, a desobediência civil prescinde de violência e pode ser utilizada como uma importante ferramenta para a manutenção da cidadania, considerando que cabe ao cidadão a discussão, a busca de soluções e das ações em conjunto para alterar situações desfavoráveis que afetam a vida de todos os indivíduos de um grupo, direta ou indiretamente, e que carecem da intervenção pública por repercutir na vida da comunidade política. O uso dessa "ferramenta" torna-se importante no contexto da denominada “crise de representatividade”, para a promoção e realização de mudanças necessárias para a preservação da liberdade, da dignidade humana e da própria Humanidade. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Schio, Sônia Maria | |