Manifestações Patológicas em Fachadas de Empreendimentos do Programa de Arrendamento Residencial na Cidade de Pelotas/RS: Residenciais Solar das Palmeiras e Paraíso.

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Data
2016-09-26Autor
Silva, Vívian Michele Bandeira da
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No Brasil, existe um histórico de problemas relacionados às habitações de interesse
social. Roméro e Vianna (2002) apontam a necessidade de avaliar a situação atual
desses conjuntos habitacionais, bem como, a satisfação de seus usuários e as
eventuais demandas. Este trabalho tem como objetivo principal realizar um estudo
comparativo dos levantamentos de manifestações patológicas incidentes, em
períodos distintos, nas fachadas de dois conjuntos de Habitações de Interesse
Social construídas na cidade de Pelotas/RS através do Programa de Arrendamento
Residencial (PAR). Ademais, investigar a percepção dos usuários quanto às
anomalias, no intuito de elevar a qualidade e a durabilidade de futuros
empreendimentos, direcionar para ações adequadas na fase de utilização dos
existentes, bem como, contribuir com estudos relacionados ao tema. A metodologia
está baseada em vistorias técnicas por meio de observação direta nos dois
conjuntos que formam o objeto de estudo, com o propósito de realizar
levantamentos e registro de informações, através de fichas, fotografias e
representações gráficas dos elementos. O método de avaliação pós-ocupação do
tipo entrevista estruturada foi definido para a busca de resultados referentes à
percepção do usuário. A partir do levantamento técnico atual, realizado nos
residenciais Solar das Palmeiras e Paraíso, constatou-se que as principais
manifestações patológicas apresentadas foram fissuras e umidade, sendo os
problemas com descolamento de revestimento e sujidades menos representativos.
Foi realizado um estudo comparativo entre os dados coletados durante o Projeto
INQUALHIS (Geração de Indicadores de Qualidade dos Espaços Coletivos em
Empreendimentos de Habitação de Interesse Social) e os dados obtidos na atual
pesquisa. O Residencial Solar das Palmeiras apresentou, aproximadamente, 7,5
vezes mais incidências na pesquisa atual, realizada sete anos e oito meses depois.
O Residencial Paraíso apresentou 111 vezes mais incidências, oito anos e três
meses depois do primeiro levantamento. Continua evidente a predominância dos
problemas de fissuração e umidade. Nas duas pesquisas a fissuração apresenta-se
mais frequentemente nas fachadas oeste e norte. Concernente à umidade, a
fachada sul apresenta maior incidência de problemas do que todas as outras
fachadas. A ordem de relevância demonstrada pelos usuários no que diz respeito às
anomalias existentes coincide com o levantamento técnico no Residencial Solar das
Palmeiras, porém, no Residencial Paraíso não. Embora, a maioria dos entrevistados
considere que as fachadas estejam em condição razoável e boa, quase a totalidade
dos respondentes declararam serem necessárias as intervenções de manutenção.
Os métodos complementares de avaliação pós-ocupação utilizados mostraram-se
eficazes para obtenção dos resultados, correlacionando a observação realizada por
especialistas e a percepção do usuário em relação às manifestações patológicas
existentes nas fachadas dos conjuntos habitacionais estudados.
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