Show simple item record

dc.creatorFerreira, Roberta Zaffalon
dc.date.accessioned2020-06-11T03:29:43Z
dc.date.available2020-06-10
dc.date.available2020-06-11T03:29:43Z
dc.date.issued2013-12-19
dc.identifier.citationFERREIRA, Roberta Zaffalon. O sentido antropológico de dons e dádivas entre grupos de usuários de crack e outras drogas. 2013. 102 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2013.pt_BR
dc.identifier.urihttp://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5802
dc.description.abstractCrack users’ are generally marginalized and pointed as worthless, with tendency to be deleted of socializing, fact that makes this population create groups to consume the drug, creating the popular cracolandia. The study aimed to know the anthropological sense of gifts and boons between groups of crack and other drugs’ users inside the scenes of use. It consists in a qualitative study with ethnography approach which used as theoretical referential the theory of gifts and boons of the sociologist Marcel Mauss. It was developed at the city of Pelotas, in the period of December of 2012 to July of 2013, having as method of data collection the participant observation, dialog and record in a journal of field. The observations were performed in groups of crack and other drugs’ users created in public and private places at the city. The participants of the study were people who made the use of crack and other drugs in the scenery of drugs use; being closer to 13 people during the study. The analysis of data presents itself based in the Clifford Geertz’s interpretativism. This ethnography unveiled that users of crack and other drugs created in public and private places have different ways of live, of adaptation and organize themselves as a group. The scenes of use created by this population are not configured only as a unique and exclusive place to consume drugs; it is also a shelter and a place to meet people. The users who are inserted in these groups show to be contrary to the sold images in the big vehicles of communication, having between them a network of solidarity which results in a collective work, once it is a trial to alleviate the hardships found at the streets. Some of them call themselves free and nomads, with no link to groups. However, in different ways, they are always close, valuing health and relations of help and solidarity. Crack users, when there is lack or scarcity, divide and share drug, clothes or food, with no certain of goodness’ return. In this way, it is believed that the theory of gift permeates immensely the actual relations; at the moment they are in the group, they show solidarity in some situations, fight for win the stigma and prejudice, divide and donate the stone, when necessary, with the certain of return, organize themselves and seek help in the health care of the weaker ones. However, changes just will begin to appear in the context of these people, at the moment when the politics of attention and assistance that involves this population pass to be priority of our managers.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pelotaspt_BR
dc.rightsOpenAccesspt_BR
dc.subjectEnfermagempt_BR
dc.subjectCocaínapt_BR
dc.subjectCrackpt_BR
dc.subjectEtnografiapt_BR
dc.subjectCenas de usopt_BR
dc.subjectDons e dádivaspt_BR
dc.subjectNursingpt_BR
dc.subjectCocainept_BR
dc.subjectAnthropologypt_BR
dc.subjectCulturalpt_BR
dc.subjectScenes of usept_BR
dc.subjectGifts and boonspt_BR
dc.titleO sentido antropológico de dons e dádivas entre grupos de usuários de crack e outras drogas.pt_BR
dc.title.alternativeThe anthropological sense of gifts and boons between groups of crack and other drugs’ users.pt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.contributor.authorIDpt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8967973101924273pt_BR
dc.contributor.advisorIDpt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6681165311879798pt_BR
dc.description.resumoOs usuários de crack são comumente marginalizados e apontados como sem valor, com tendência a serem excluídos do convívio social, fato que leva esta população criar grupos para consumir a droga, formando as populares cracolândias. O estudo objetivou conhecer o sentido antropológico de dons e dádivas entre grupos de usuários de crack e outras drogas dentro das cenas de uso. Consiste em um estudo qualitativo com abordagem etnográfica que utilizou como referencial teórico a teoria dos dons e dádivas do sociólogo Marcel Mauss. Foi desenvolvido no Município de Pelotas no período de dezembro de 2012 a julho de 2013, possuindo como método de coleta de dados a observação participante, diálogo e registro em diário de campo. As observações foram realizadas em grupos de usuários de crack e outras drogas formados em locais públicos e privados do município. Os participantes do estudo foram pessoas que faziam o uso de crack e outras drogas no cenário de uso de drogas, havendo uma aproximação maior com 13 pessoas ao longo do estudo. A análise dos dados apresenta-se embasada no Interpretativismo de Clifford Geertz. Esta etnografia desvelou que os usuários de crack possuem diferentes formas de viver, de se adaptar e de se organizar como grupo. As cenas de uso criadas por esta população não são configuradas apenas como local único e exclusivo de consumo de drogas, elas também servem como abrigo e ponto de encontro entre pessoas. Os usuários inseridos nesses grupos mostram-se contrários às imagens vendidas nos grandes veículos de comunicação, havendo entre eles uma rede de solidariedade que resulta em um trabalho coletivo na tentativa de amenizar as adversidades encontradas nas ruas. Alguns denominam-se livres e nômades, sem vínculos a grupos. No entanto, de diferentes formas estão quase sempre próximos, prezando pela saúde e relações de ajuda e solidariedade. Os usuários de crack, na falta ou escassez, dividem e compartilham droga, roupas ou comida, na incerteza do retorno do bem. Dessa forma acredita-se que a teoria do dom permeia imensamente as relações no presente; no momento em que estão no grupo, mostram-se solidários em certas situações, lutam para vencer o estigma e o preconceito, dividem e doam a pedra, quando necessário, sem a certeza do retorno, organizam-se e buscam ajudar no cuidado da saúde dos mais debilitados. No entanto, as mudanças só começarão a aparecer no contexto destas pessoas, no momento em que as políticas de atenção e assistência que envolvem esta população passarem a ser prioridade dos nossos gestores.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Enfermagempt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Enfermagempt_BR
dc.publisher.initialsUFPelpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.contributor.advisor1Oliveira, Michele Mandagará de


Files in this item

Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record