“A dança da verdade”: Bausch e Heidegger.

Abstract

A presente pesquisa originou-se de um seminário apresentado na disciplina: Heidegger: ontologia e humanismo (Ser e Tempo e Sobre o Humanismo) e discorre sobre um primeiro contato com a obra A Origem da Obra de Arte do Filosofo alemão Martin Heidegger relativo ao primeiro semestre do curso de Especialização: Temas da Filosofia Contemporânea pelo PPGFil- UFPel. A partir do questionamento “Há possibilidade de relação entre as distintas esferas artísticas?” pode-se perceber que na obra de Heidegger A Origem da Obra de Arte há um conteúdo com a densidade necessária para responder afirmativamente à questão. A fim de enriquecer tal proposta, e como exemplo para demonstrar como a dança, enquanto “obra de arte” pode permitir o acesso à verdade para o ser humano, único Ente que porta um Ser e pode assumir existencialmente isso, como apregoa Heidegger, a dança-teatro da bailarina contemporânea, também de origem alemã, Pina Bausch é uma forma de arte bastante esclarecedora: sua “dança-arte” tem como mote, em suas composições, elementos da vida e do cotidiano para a criação em dança, facilitando, desta forma, a articulação de compreensão acerca da obra Heideggeriana.