dc.identifier.citation | CERQUEIRA, Fábio Vergara.Doces finos pelotenses, tradição e identidade étnica. Entre o signo local (Pelotas) e a autenticação de origem (Portugal). In: MICHELON, Francisca; LEAL, Noris Mara Pacheco Martins ; NUNES, João Fernando Igansi (orgs.). Os Doces Sentidos. Poesias, Estudos, Imagens, Receitas. Pelotas: Editora Bühring - Programa "Museu Conhecimento para Todos", 2016, p. 81-110. | pt_BR |
dc.description.abstract | Neste texto estudam-se os chamados "doces finos", que compõem uma das duas grandes tradições doceiras pelotenses, relacionados à herança cultural lusitana, chamados também ora como "doces pelotenses" ora como "doces portugueses". No geral, descendem do que em Portugal denominam-se "doces conventuais", que tem a gema de ovo como um dos seus principais ingredientes. Introduzidos aqui pelo colonizador luso-brasileiro, ainda no século XIX, associou-se à vida social das antigas charqueadas e, mais tarde, ainda no início do século XX, com a crise da economia charqueadora, despontou como uma alternativa econômica, conferindo certo protagonismo feminino na busca do sustento das famílias. Explora-se aqui também a ambivalência identitária associada a este doce, ora assinado como "pelotense", ora como "português". Poder-se-ia pensar que isto tem a ver com o fenômeno da ambientação e adaptação desses doces ao contexto local, mas, mais que isso, faz parte de uma ambiguidade identitária própria à cidade. | pt_BR |